As novas linhas de transmissão de 525 kV da IE Ivaí (LT 525 kV Foz do Iguaçu/Guaíra; LT 525 kV Guaíra/Sarandi e LT 525 kV Sarandi/Londrina) têm 511 km de extensão, passam por 41 municípios e acrescentam mais de 2.600 MVA de potência energética para a região.
São Paulo, 10 de novembro de 2022 – A ISA CTEEP e a TAESA, transmissoras de energia elétrica, acabam de iniciar a operação comercial da Interligação Elétrica (IE) Ivaí, no Paraná. O empreendimento obteve o Termo de Liberação Parcial (TLP) do Operador Nacional do Sistema (ONS) para as instalações do corredor de 525 kV, que conecta as subestações de Foz do Iguaçu, Guaíra, Sarandi e Londrina, correspondendo a 511 km de linhas de transmissão em circuito duplo.
Essa fase concluída contempla o fortalecimento do abastecimento de energia nas regiões norte e noroeste do Paraná. Além disso, considerando sua localização, a energização desta etapa contribui com o escoamento de energia para a Região Sudeste, produzida pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. A energização de Ivaí contribui também com o escoamento da energia para o Mato Grosso do Sul e a região oeste do Paraná.
Em sua totalidade, o que inclui o trecho já entregue e circuitos de 230 kV que serão energizados nas próximas semanas, o projeto contou com a construção de 593 km de linhas de transmissão e três subestações – Guaíra, Paranavaí Norte e Sarandi, sendo esta última com conceito digital. Também foi realizada a expansão da capacidade das subestações já existentes de Londrina e Foz do Iguaçu. A IE Ivaí fará a interligação de 41 municípios do Estado e acrescentará mais de 2.600 MVA de potência à região, o suficiente para abastecer um milhão de residências.
“Estamos muito felizes em entregar e iniciar a operação de mais um importante projeto, que contribui para a ampliação de uma matriz energética mais limpa e está em linha com o nosso propósito de geração de valor sustentável”, ressalta Dayron Urrego, diretor executivo de projetos da ISA CTEEP.
“A transmissão de energia é tema de alta prioridade para o desenvolvimento econômico do País, o que fica evidente pela magnitude dos últimos leilões organizados pela ANEEL. Somado aos projetos de Aimorés e Paraguaçu, Ivaí é o terceiro empreendimento em que temos a parceria da ISA CTEEP, garantindo ao Sistema Interligado Nacional (SIN) uma interconexão cada vez mais segura”, comenta Luís Alessandro Alves, diretor de Implantação da TAESA.
Interligação Elétrica Ivaí
Durante a obra, foram instaladas 1.239 torres de transmissão, lançados cerca de 13.000 km de cabos e gerados 3 mil empregos diretos, com expressiva mão de obra local. Ainda, será doada uma área totalmente reflorestada de quase 180 hectares, com mais de 144 mil mudas de espécies nativas, localizada na cidade de Tapejara (PR). O projeto também trará melhorias na infraestrutura para as comunidades indígenas Ocoí e Tekoha Guassu Guavirá, como o incremento no sistema de abastecimento de água nos municípios de Guaíra e Terra Roxa (PR).
A Interligação Elétrica Ivaí, arrematada no Lote 01 do leilão de transmissão realizado em 2016, foi construída pela Aliança Interligação Elétrica (AIE), parceria envolvendo a ISA CTEEP e a TAESA, na proporção igualitária de 50%. O investimento realizado até o momento foi de cerca de R$ 2 bilhões e, quando concluído, proporcionará o recebimento de R$ 361,6 milhões líquido de PIS/COFINS (ciclo tarifário 2022/2023) de Receita Anual Permitida (RAP). O trecho já energizado corresponde a aproximadamente 80% do total da RAP e, nas próximas semanas, o projeto será totalmente finalizado e as companhias receberão 100% da Receita.
Foto: divulgação
Iniciativa terá adesão voluntária e será destinado às distribuidoras de equipamentos, fabricantes, instaladoras, integradoras, operadoras, projetistas e empresas que oferecem treinamento especializado no setor fotovoltaico.
Agosto de 2022 – A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) acaba de anunciar o lançamento de um programa de certificação das empresas que atuam na cadeia de valor do setor solar brasileiro. Trata-se da certificação “Qualidade ABSOLAR”, com o propósito de promover a competitividade saudável a partir das melhores práticas empresariais e elevar os níveis de segurança, qualidade, desempenho e satisfação nos produtos e serviços entregues aos consumidores de energia elétrica.
Lançado oficialmente durante a Intersolar South America 2022, principal evento do setor solar da América Latina, que acontece essa semana na cidade de São Paulo, o programa de certificação terá adesão voluntária das empresas e será destinado às distribuidoras de equipamentos, fabricantes, instaladoras, integradoras, operadoras, projetistas e empresas que oferecem treinamento. Estima-se que o mercado fotovoltaico tenha cerca de 25 mil empresas no País.
A ABSOLAR estruturou o programa dentro do chamado mecanismo de designação, processo em que uma entidade reconhece a capacidade e autoriza terceiros competentes em certificação (empresas certificadoras) a realizarem análises e avaliações de qualidade e segurança.
O programa possui três níveis de adesão, que contemplam certificação para empresas que atendam aos requisitos básicos, intermediário e avançado (mais completo). Para o nível básico, a empresa requerente deve fazer a adesão em até seis meses do início do programa. No caso do intermediário, a adesão deve ser feita em até 12 meses e, no nível mais completo, a adesão pode ser feita a qualquer momento.
O ciclo de certificação é de 36 meses e as empresas podem solicitar ingresso em qualquer um dos níveis previstos. A ABSOLAR vai disponibilizar ao mercado um site oficial do programa de certificação com todos os detalhamentos, incluindo o funcionamento, listagem de organismos designados e listagem atualizada de empresas certificadas, entre outros, além de manter o canal da Ouvidoria, que funciona desde 2019 para acolhimento e distribuição das tratativas de reclamações de empresas produtoras e consumidores.
“O mercado solar fotovoltaico evolui em ritmo acelerado no Brasil e no mundo, com demanda crescente dos consumidores e a popularização da tecnologia. Enquanto novas empresas surgem diariamente no País, quem já atua no setor precisa manter investimentos contínuos de melhoria de processos, produtos e serviços, justamente para aproveitar as oportunidades”, comenta Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.
“Com a certificação, as empresas ganham um grande diferencial de mercado, com a demonstração de solidez e qualidade, bem como elevam a confiança do cliente final, além de contarem com a chancela e credibilidade da ABSOLAR”, acrescenta Sauaia.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, a criação do programa de certificação retrata a pujança do mercado solar brasileiro e o protagonismo da entidade em prol do desenvolvimento tecnológico, de mercado e da qualidade de serviços e produtos. “A iniciativa atende, na prática, a uma demanda crescente do mercado, do setor e dos associados por reconhecimento de empresas que primam por qualidade de atendimento e trabalho”, conclui.
Mais informações: https://www.certificacaoabsolar.org.br/
Foto: divulgação
]]>Com investimento de mais de R$ 680 milhões, projeto interliga regiões Nordeste e Sudeste, contribuindo para o escoamento de energia renovável para os grandes centros de consumo.
As transmissoras de energia elétrica TAESA e ISA CTEEP acabam de iniciar a operação da Interligação Elétrica Paraguaçu, localizada entre os estados da Bahia e Minas Gerais e formada pela linha de transmissão 500 kV Poções III – Padre Paraíso 2, com 338 quilômetros de extensão. O investimento realizado foi de mais de R$ 680 milhões e a Receita Anual Permitida (RAP) é de cerca de R$ 143 milhões (ciclo tarifário 2022/2023).
O empreendimento se conecta à linha de transmissão da Interligação Elétrica Aimorés, energizada em maio pelo mesmo consórcio, e terá importante participação na distribuição da energia renovável gerada no Nordeste, de fontes solar e eólica, para o Sudeste, região de maior consumo de carga. Juntos, os projetos totalizam 546 quilômetros de extensão.
“A energização das duas linhas, LT Aimorés e LT Paraguaçu, traz robustez ao Sistema Interligado Nacional (SIN), equalizando carga e demanda, com o transporte da energia renovável abundante gerada no Nordeste. É mais um projeto que vai ao encontro da estratégia de negócios da Companhia, que tem a missão de conectar o Brasil com energia segura e confiável”, comenta Luís Alessandro Alves, diretor de Implantação da TAESA.
“Atuamos com o propósito de gerar valor sustentável. Portanto, entregar mais um empreendimento que contribui para o avanço no uso de energias renováveis está totalmente em linha com a nossa estratégia. Juntos, Paraguaçu e Aimorés são projetos gigantes que vão entregar energia elétrica de qualidade para a população, especialmente na Região Sudeste do país”, acrescenta Dayron Urrego, diretor executivo de projetos da ISA CTEEP.
Durante a obra, foram instaladas quase 600 torres, interligando 14 municípios dos estados da Bahia e Minas Gerais, que geraram a contratação de 1.320 empregos, com expressiva mão de obra local.
Em locais com muita vegetação, os cabos da linha de transmissão foram lançados com o uso de drones, evitando o corte de mata nativa. Também foi doada uma área preservada de 237 hectares para ser agregada à Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata do Passarinho, único local em que é encontrado o Entufado-baiano, uma das espécies de aves mais ameaçada do planeta. A iniciativa foi reconhecida pelo Prêmio Hugo Werneck.
As empresas também contribuíram com o fortalecimento das comunidades quilombola (Paraguai e Córrego Santana) no entorno do empreendimento, com reformas, doação de equipamentos, melhorias no sistema de abastecimento de água, cursos educativos e construção de viveiros e oficinas para produção de mudas.
A Interligação Elétrica Paraguaçu, arrematada no Lote 03 do leilão de transmissão realizado em 2016, foi construída pela Aliança Interligação Elétrica (AIE), consórcio envolvendo as duas empresas, na proporção igualitária de 50%.
Fotos: (1) IE Paraguaçu; (2) Mapa da localização da IE Paraguaçu
]]>Maioria dos empreendimentos será construída na região Nordeste e investimento ultrapassa a marca dos R$ 34 bilhões.
Um levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE aponta que 241 grandes usinas solares e parques eólicos devem entrar em operação comercial no Brasil até janeiro de 2026, injetando quase 6 mil megawatts de potência no sistema elétrico, o equivalente a quase metade da capacidade da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Os dados são de projetos já contratados em leilões de energia nova realizados nos últimos anos pela própria CCEE e pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. O investimento destinado à construção desses empreendimentos é da ordem de R$ 34 bilhões e será aplicado por empresas que têm apostado cada vez mais no potencial de geração de energia renovável do Brasil.
Na avaliação de Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, além do ganho ambiental e da geração de emprego, o crescimento dessas fontes aumenta a confiabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN). “A diversificação da matriz ajuda a reduzir a nossa dependência da hidrologia e dos reservatórios de água, que ainda são os nossos principais recursos de energia, e garante um maior conforto para enfrentar impactos em tempos de mudanças climáticas”, explica.
A maioria dos empreendimentos terá operação no Nordeste, nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí e Paraíba, onde historicamente a incidência solar e a prevalência de bons ventos para a geração de energia são maiores. A capacidade instalada de energia eólica e das fazendas solares no Brasil passará dos atuais 27 mil megawatts para 33 mil megawatts e a estimativa é que essas novas usinas ofertem juntas ao SIN cerca de 1.646 MW médios todos os anos.
A geração eólica é considerada a terceira principal fonte de energia elétrica do país, hoje com 813 usinas. Esse segmento começou a despontar em 2005, influenciado pela redução dos preços dos equipamentos necessários e pela criação de uma indústria nacional de pás e torres. O mercado solar fotovoltaico é mais recente, com alguma representatividade a partir de 2015. Hoje existem 187 grandes usinas que produzem energia a partir do sol, que são responsáveis por cerca de 1% da oferta para o SIN.
A geração de energia elétrica a partir do vento e do sol não gera resíduos e tem baixo impacto ambiental. No caso dos parques eólicos, esse tipo de negócio ainda propicia inúmeros benefícios indiretos como, por exemplo, renda para proprietário de terras com o arrendamento para colocação de torres e ainda permite que o proprietário siga com plantações ou criação de animais.
Sobre a CCEE
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE é responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de energia elétrica no país, garantindo a segurança e o equilíbrio financeiro deste mercado. A CCEE é uma associação civil sem fins lucrativos, mantida pelas empresas que compram e vendem energia no Brasil. O papel da CCEE é fortalecer o ambiente de comercialização de energia - no ambiente regulado, no ambiente livre e no mercado de curto prazo - por meio de regras e mecanismos que promovam relações comerciais sólidas e justas para todos os segmentos do setor (geração, distribuição, comercialização e consumo).
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