Vazamento de gás no centro de São Paulo: é possível evitar este problema?

21/08/2012 - Vazamento de gás no centro de São Paulo: é possível evitar este problema?
 
Ricardo Yorgos, da Yorgos Ambiental, explica que a instalação de sensores nas galerias poderiam minimizar riscos de acidentes
 
O vazamento de gás natural encanado, ocorrido na Rua Conselheiro Crispiniano, no fim da tarde de ontem (16 de agosto), trouxe novamente à tona o debate sobre os riscos que gases em espaços confinados podem representar. Segundo o consultor Ricardo Yorgos, diretor-presidente da Yorgos Ambiental – empresa especializada na detecção de gases em espaços confinados – nesses casos, ações adequadas de caráter preventivo podem minimizar consequências mais graves, como as explosões, por exemplo.
Yorgos explica que uma das hipóteses para o vazamento é uma depressão no solo, que resultou no rompimento da tubulação. Segundo ele, isto pode ter se iniciado com infiltração de água ou pressão pelo peso dos carros, dos pedestres e das construções. Outro fator que pode causar esse tipo de acidente é o afrouxamento das conexões das tubulações, causada pela pressão dos gases ou vibração.
O consultor alerta que o vazamento de gases – mesmo de gás natural encanado, como ocorreu nesse caso – é grave. “O gás é inflamável e, quando ele vaza em espaços confinados, contamina as galerias e pode gerar explosões”, diz. “Quando esse tipo de ocorrência se passa em locais abertos, o gás dispersa e se dilui na atmosfera”.
A eliminação de gases em espaços confinados deve ser feita com técnicas como a inertização - que consiste em colocar um gás inerte, como o nitrogênio, dentro do ambiente contaminado para “empurrar” o gás inflamável para fora. Outra alternativa é abrir as galerias para dispersar o gás, desde que ele seja mais leve que o ar. “Mas é preciso estar atento para que não haja acúmulo de gás em nenhuma galeria”, alerta.
Após a detecção do vazamento, é importante interromper o fornecimento de energia elétrica e isolar a área – ações realizadas no centro de São Paulo por órgãos como Corpo de Bombeiros, Comgás e Defesa Civil. Porém, importante mesmo é evitar que este problema aconteça ou tome dimensões maiores: “Defendo a avaliação de risco nas galerias, feita com auxílio de equipamentos, e o monitoramento contínuo das galerias com a ajuda de sensores. Além disso, é preciso ter, de antemão, um plano de ação para as emergências”.
 
Sobre a Yorgos Ambiental
Fundada em 2007 por Ricardo Yorgos, a Yorgos Ambiental é uma empresa que atua nacionalmente, por meio de sua equipe de consultores, junto ao setor industrial, na área de segurança do trabalho e ambiental. Especializada em detecção de gases em espaços confinados, comercializa uma linha completa de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual –, vende e aluga equipamentos para os quais oferece assistência técnica e manutenção. Além disso, é especializada em diagnósticos e consultoria para a indústria, ministrando workshops e treinamentos. Em 2009, a Yorgos Ambiental foi a primeira colocada no Prêmio Petrobrás de Melhores Fornecedores de Serviços – Categoria Pequenos Contratos.  A Yorgos é também participante da FISP – Feira Internacional de Segurança e Proteção – um dos maiores eventos do setor.
 
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