Emissão de ações da Eternit tem forte adesão e empresa garante recursos de R$ 46,6 milhões

Eternit Emissão de ações da Eternit tem forte adesão e empresa garante recursos de R$ 46,6 milhões para telhas fotovoltaicas e modernização de fábricas

Após ajustes em sua operação por conta da pandemia de Covid-19, companhia prevê retomada de crescimento no segmento de coberturas, em que é líder, e na produção industrial das primeiras telhas fotovoltaicas do país.

São Paulo, 10 de julho de 2020 - A Eternit - companhia fundada há 80 anos especializada no fornecimento de matérias-primas, produtos e soluções para o setor de construção civil - inicia o segundo semestre do ano com foco na expansão das vendas no segmento de coberturas, em que já é líder de mercado no país, no avanço da produção industrial da primeira geração de telhas fotovoltaicas do Brasil aprovada pelo Inmetro e no programa de modernização de seu parque fabril de telhas de fibrocimento.

A empresa anuncia que conquistou 99,5% de adesão à sua chamada para aumento de capital, que resultou na captação de R$ 46,6 milhões, valor que garante os investimentos previstos no plano estratégico. Com a chamada de capital a ser homologada pelo Conselho de Administração, nesta terça-feira (07/07), a Eternit passa a ter capital social de R$ 385.536.684,52, representado por 51.675.555 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal. Do montante arrecadado, R$ 5,8 milhões serão destinados ao projeto fotovoltaico e o restante para o programa de modernização do parque industrial de fibrocimento, que consiste em modernizar as fábricas de Colombo (PR), Rio de Janeiro (RJ), Simões Filho (BA), Goiânia (GO) e Manaus (AM).

"O resultado da chamada de capital foi extremamente positivo e demonstra a confiança que os acionistas têm no nosso plano estratégico visando a sustentabilidade e a recuperação da rentabilidade da empresa. A totalidade do valor arrecadado será direcionada a investimentos nas nossas fábricas e linhas de produtos. O objetivo de fazer essa subscrição agora foi garantir que o plano de investimentos não atrasasse nem fosse comprometido por uma eventual retração econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus no país", afirma o presidente do grupo Eternit, Luís Augusto Barbosa.

O executivo explica que o impacto da Covid-19 na economia levou a empresa a implementar ajustes em suas operações - com a paralisação das atividades da fábrica de louças e metais sanitários da Companhia Sulamericana de Cerâmica (CSC), sua controlada, que foi colocada à venda - e a priorizar os negócios em que historicamente se destaca e é mais competitiva - o de coberturas (telhas de fibrocimento, concreto e outros materiais) e de sistemas construtivos a seco (placas e painéis cimentícios).

"Estamos concentrando nossos esforços no que sabemos fazer de melhor, no nosso core business, para expandir ainda mais a atuação no segmento de coberturas, em que já temos presença nacional consolidada com vários modelos de telhas de concreto e de fibrocimento. Apesar de os últimos meses terem sido marcados pelas incertezas geradas pela pandemia, já começamos a sentir um movimento de retomada de parte do mercado de construção civil com reflexo positivo em nossas vendas, o que nos faz ver o segundo semestre com mais otimismo", diz Barbosa.

Eternit inicia em julho produção industrial das telhas fotovoltaicas

Uma das grandes apostas da Eternit é a primeira geração de telhas fotovoltaicas do Brasil, capazes de transformar a luz solar em energia elétrica a partir de células fotovoltaicas aplicadas diretamente nas telhas, sem a necessidade de paineis adicionais. O modelo em concreto desenvolvido no Brasil pela empresa (Tégula Solar) é o único aprovado pelo Inmetro e o desenvolvimento do processo de industrialização está acelerado. O projeto também inclui a homologação do modelo em fibrocimento (Eternit Solar).

Neste mês de julho, a fábrica da Eternit em Atibaia (SP) inicia a produção industrial das telhas fotovoltaicas, com capacidade total de 11 MWp/a (ou 11 Megawatts-pico ao ano) em geração de energia. A unidade recebeu a instalação de equipamentos nacionais e importados, e adaptou sua infraestrutura para lançar a fabricação da nova linha de produtos de alta tecnologia. Os testes que vem sendo realizados em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade de São Paulo (USP) têm apresentado resultados animadores, segundo o presidente do Grupo Eternit.

"Os testes de desempenho e durabilidade das nossas telhas fotovoltaicas, chicotes e conexões elétricas têm trazido informações valiosas e comprovando que estamos no caminho certo. Para termos também uma certificação internacional de qualidade, enviaremos em breve o produto, agora produzido em processo industrial, para testes em um laboratório de referência na Alemanha", conta Barbosa.

De acordo com o executivo, serão instalados vários projetos-piloto durante o segundo semestre desse ano em parceria com clientes selecionados, em locais residenciais, comerciais e de agronegócio. A comercialização para o grande público em todo o país está prevista para o primeiro semestre de 2021.

"A ideia desse projeto surgiu em 2018 e estamos motivados para essa nova fase da companhia, voltada à alta tecnologia como complemento à atuação no mercado de materiais de construção", diz o presidente.

Fotos: Telhas fotovoltaicas de concreto Tégula Solar

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