Professor da FCA/Unesp divulga tecnologias brasileiras em eventos internacionais

06/09/2012 - Professor da FCA/Unesp divulga tecnologias brasileiras em eventos internacionais
 
O professor Alcides Lopes Leão, da área de Ciências Ambientais, do Departamento de Recursos Naturais da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, câmpus de Botucatu, acaba de participar de importantes eventos técnicos científicos no exterior.
Na Índia, ministrou uma palestra sobre as possibilidades de agregar valor à produção de cocos, na Coir Tech Expo, na cidade de Kochi, de 12 a 16 de agosto. O país é o maior produtor de cocos do mundo e o evento foi realizado pelo Coir Board, órgão estatal responsável pelos assuntos relativos a essa cadeia produtiva. Estiveram presentes algumas das maiores autoridades das áreas de Agricultura, Ciência e Tecnologia daquele país.
Colaborador da Assessoria de Relações Externas da Unesp (Arex) no processo de internacionalização da Universidade,  o professor falou sobre suas pesquisas realizadas na FCA, que utilizam o resíduo do coco para a produção de nanomaterial.  “Tratei especificamente das possibilidades do uso do nanomaterial utilizado em lentes de contato, membranas, curativos e ligamentos feitos a partir da fibra de coco”.
A palestra do professor gerou grande interesse junto ao setor produtivo e científico indiano e rendeu até uma reportagem no The Hindu, o principal jornal diário indiano em inglês e o terceiro maior em circulação no país. Em sua entrevista, o professor enfatizou que a Índia pode dar mais atenção a essa área de alta tecnologia voltada ao coco e suas novas aplicações que podem modificar o cenário para essa cultura. “Embora produza muito, seus principais produtos são de baixo valor agregado, como tapetes, carpetes ou colchões. Procurei mostrar a importância de seguir uma linha de produção de materiais com alto valor agregado, como biomateriais, por exemplo”.
Na FCA, a equipe do professor Alcides iniciou as pesquisa com nanomateriais há cerca de 5 anos. “Ainda estamos num estágio incipiente no que diz respeito a obtenção de produtos complexos como lentes de contato, pinos dentários e ligamentos. A área com maiores avanços é a da indústria automobilística”. Desde 2011, parte desse trabalho vem sendo desenvolvido através de uma parceria com a empresa holandesa Lyondell Basell, a maior produtora de plásticos do mundo e fornecedora de componentes para a indústria automobilística.
A Universidade de Toronto, no Canadá, também é parceira nesse projeto. Apoiada pela Capes, a colaboração inclui o intercâmbio de alunos. Recentemente, o coordenador do projeto pela instituição canadense, professor Mohini Sain, esteve na FCA discutindo aspectos do projeto e ministrando palestras aos pós-graduandos brasileiros.
 
Ilhas Fiji
Ainda em agosto, o professor Alcides participou da Fiji Sugar Industry Conference, evento promovido pela FAO/ONU (Food and Agriculture Organization of the United Nations).
Ele apresentou a palestra “Razões para a baixa adoção de tecnologia no setor sucroalcooleiro do Brasil”. “Abordei desde a parte de bioenergia, do etanol especificamente, e falei também sobre o desenvolvimento dos chamados bioplásticos, especialmente os materiais feitos a partir da cana-de-açúcar”. No debate com os participantes, foram abordadas questões como a situação econômica e a produtividade do setor canavieiro brasileiro.
O evento reuniu especialistas da Tailândia, Japão, Índia, Austrália e Inglaterra (International Sugar Organization) para tratar de questões políticas e técnicas.  Estiveram presentes diversos  governantes dos países da Oceania e sul da Ásia. “Foi interessante por envolver países com os quais não temos tanto contato. O Brasil é hoje um país que tem influência mundial na área agrícola e outras nações buscam conosco um suporte tecnológico, notadamente com relação a aproveitamento e utilização dos resíduos agrícolas com maior valor agregado”.
O professor ressalta a importância da cooperação entre países do hemisfério sul que tem uma realidade social e financeira parecida com a brasileira. “As condições semelhantes facilitam a transferência de tecnologias. Abre-se ainda uma nova perspectiva nas relações internacionais em que o Brasil passa a ser referência não só em termos de diplomacia, mas também em tecnologia”.
 
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - câmpus de Botucatu/SP

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