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06/11/2012 - São Paulo reforma e amplia redes de água, esgoto e gás com método não destrutivo, similar a um cateterismo
 
Você sabe como estão as condições das redes de canalização de água e esgoto da rua onde mora? A grande São Paulo tem crescimento populacional vertiginoso, mas as redes apresentam tubulações que devem ser substituídas e melhor dimensionadas
 
Nos próximos 50 anos, metrópoles como São Paulo terão o enorme desafio de substituir e modernizar sua infraestrutura, especialmente no que diz respeito a um problema logo abaixo dos nossos pés. No subsolo, muitas redes estão defasadas construídas com materiais do início do século XX. Sequer existe um mapeamento unificado desse subsolo, que se parece com um queijo suíço, salvo por alguns parciais realizados pelas concessionárias de água, esgoto, gás, empresas de telefonia, tecnologia etc.
Reformar essas redes e estendê-las aos locais que ainda não dispõe está sendo uma cruzada para concessionárias e poder público. Se pensarmos apenas em saneamento básico, as proporções são enormes, pois no ranking do saneamento das 100 maiores cidades do Brasil (país onde apenas 55,4% das residências estão conectadas à rede), São Paulo está na 18ª posição. O Método Não Destrutivo (MND) é a única opção para o crescimento das redes subterrâneas no país porque não interfere no cotidiano das pessoas, não atrapalha o trânsito nem deixa buracos nas ruas", diz Paulo Dequech, presidente da Abratt - Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva, responsável pela co-organização do 30th NO-DIG 2012, evento que acontece de 12 a 14 de novembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo e vai reunir centenas de especialistas de todo o mundo em torno da tecnologia.
Hoje, concessionárias como a Sabesp e Comgás têm no MND a única saída para realizar as obras de instalação e substituição das redes sem causas interferências na cidade. Sem o MND a cidade iria parar e haveria um caos social, completa Dequech.
Segundo ele, podemos comparar o MND a um cateterismo, já que métodos e equipamentos de tecnologia não destrutiva minimizam e até eliminam a necessidade de escavações. Ao contrário do que a maioria imagina, é possível executar uma obra de reparação no subsolo das grandes cidades sem transformar as vias em um queijo suíço. É possível instalar cabos subterrâneos com apenas duas aberturas: uma no início e a outra no final do trecho da obra, evitando a destruição de ruas e calçadas, explica.
 
Um trabalho delicado no caos do subsolo
A maior parte dos buracos e valas a céu aberto expostas em ruas e calçadas são conseqüências de trabalhos de infra-estrutura urbana executados com técnicas ultrapassadas. Essas interferências destroem a estrutura da superfície e, na maioria das vezes, provocam acidentes com veículos e pedestres, trazem implicações para vias urbanas, trânsito e até para o meio ambiente. Abrir buracos sem os devidos cuidados pode provocar blackouts, interrupções no fornecimento de água, energia e até riscos de explosões de redes de gás.
Pense numa cidade sem escavações nos pavimentos de nossas ruas, com redes elétricas, água e esgoto de cabos embaixo da terra, longe de nossos olhos. Quem não gostaria de ver a cidade de São Paulo sem os fios aparentes que degradam a imagem da maior metrópole da América Latina?
Hoje, um desafio não só para o próximo gestor, mas para, no mínimo, mais duas décadas de gestões municipais, será permitir a construção de novas redes ou reparos nas já existentes nos subterrâneos dessa cidade, muitas delas defasadas que ainda utilizam materiais do início do século XX, com o mínimo impacto no dia-a-dia dos paulistanos, explica o presidente da Abratt. São Paulo já regulamentou a recuperação do pavimento em vias públicas que sofreram intervenção com obras subterrâneas. O Decreto Lei 46921 de 2006, estabelece critérios para a execução de obras de infra-estrutura urbana nas vias públicas para a reparação de pavimentos danificados. Se a lei for cumprida, nossas ruas ficarão em boas condições, completa Dequech.
 
Obras em realização com MND: São Paulo é uma das cidades que mais utilizam a técnica de MND e não poderia ser diferente. O grande fluxo de pedestres e de carros impede intervenções violentas que possam atrapalhar o já caótico fluxo da maior cidade de América Latina. Concessionárias como a Sabesp e a Congás são as que mais trabalham com o MND.
- 60% do Projeto Tietê
Atualmente, a Sabesp tem 564 obras em andamento em 21 cidades da Grande São Paulo do Projeto Tietê. Com investimento da ordem de R$ 2,3 bilhões, estima-se que 60% dessas obras se utilizem do MND. A Sabesp é pioneira no MND no Brasil, desde a década de 70. A técnica era bastante inferior, mas surgiram novas necessidades. Seria impossível fazer a obra do projeto Tietê sem o MND. A cidade iria parar, explica Flávio Durazzo, engenheiro da Sabesp.
A empresa realiza a implantação dos coletores e interceptores de esgoto na capital, em regiões como Itaim Bibi e Vila Nova Conceição, com o objetivo de reforçar o sistema de esgotamento sanitário em algumas regiões, aumentar o percentual de esgoto coletado e tratado. Com isso, será possível melhorar a situação dos córregos paulistanos, ajudando a despoluí-los.
 
- 90% de distribuição de gás
A Comgás utiliza o método não destrutivo em cerca de 90% de suas obras de expansão da rede de distribuição de gás natural canalizado e somente no ano passado, a rede foi ampliada em 1.200 km. Somente este ano, até setembro, a Comgás construiu 918 km de novas redes, diz Laércio Piva, superintendente de Expansão da Comgás. Piva será um dos palestrantes no NO-DIG 2012.
Com obras na cidade de São Paulo, Taboão, Diadema, Osasco, Americana, Piracicaba, Taubaté, Mogi das Cruzes, Guarulhos, São José dos Campos, Santo André, São Bernardo do Campo e Santos, entre outras, a Comgás prevê um investimento médio anual em MND de aproximadamente R$ 120 milhões/ano, com materiais e serviços, para 2011 e 2012. O Método Não Destrutivo é muito importante, pois é mais prático e causa muito menor impacto, evitando-se a abertura de valas no asfalto ou na calçada, o que traria grande transtorno para os moradores, comunidade, motoristas, justifica o superintendente.
 
Brasil vai sediar o maior evento mundial de MND
Com o tema central Uma cidade sem valas, pela primeira vez, o Brasil foi escolhido para sediar o 30th Internacional NO-DIG 2012, o maior evento de Método Não Destrutivo (MND) do mundo, de 12 a 14 de novembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. O evento tem como objetivo apresentar à comunidade técnica acadêmica e à sociedade brasileira, as mais modernas tecnologias em equipamentos e serviços de MND disponíveis no mercado mundial e, por outro lado, aproximar expositores e delegados estrangeiros das empresas nacionais das concessionárias de serviços públicos de infraestrutura subterrânea.
 
SERVIÇO
30º International NO-DIG 2012 São Paulo
Quando: de 12 a 14 de novembro das 9h às 17h30
Onde: Pavilhão F Expo Transamérica
www.nodigsaopaulo2012.com.br
 
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