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05/08/2014 - Brandt Meio Ambiente apresenta trabalho sobre resiliência climática e a redução de riscos financeiros, sociais e ambientais na mineração
 
Especialistas da empresa, que faz parte da Promon Meio Ambiente, apresentarão estudo no dia 6 de agosto, durante o CBMINA, Congresso do setor, que acontece em Belo Horizonte entre 6 e 7 de agosto
 
Com base numa abordagem macro sobre o tema, especialistas da Brandt Meio Ambiente farão exposição de um trabalho sobre oportunidades de aplicação da resiliência climática aos negócios da mineração e o uso de metodologias para reduzir e até evitar riscos potenciais em empreendimentos do setor.
Considerada no passado uma discussão polêmica e reservada aos cientistas, políticos e ambientalistas, as alterações climáticas são hoje uma possibilidade real de interferência negativa nos custos e viabilidade econômica de empreendimentos dos setores públicos e privados. “No setor de mineração não é diferente, principalmente porque se percebe uma postura ainda efêmera por parte da iniciativa privada sobre o assunto, quando inclusive governos estão à frente no desenvolvimento de metodologias em busca de resiliência em relação às mudanças climáticas”, afirma Alceu Raposo Júnior, analista de meio ambiente (Geógrafo e Climatologista), da Promon Meio Ambiente.
Em seu último relatório, o IPCC-Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas indicou que as alterações climáticas já representam perdas da ordem de 1,5% do PIB mundial, número superior a um trilhão de dólares, e tende a crescer nas próximas duas décadas, afetando fortemente os negócios em todo o mundo. “O assunto não se restringe aos governos. Toda a sociedade e em especial as empresas precisam se preparar para considerar a variável ‘mudanças climáticas’ em seus empreendimentos”, destaca Alceu Raposo Júnior.
Segundo a Política Nacional de Mudanças Climáticas, resiliência é o conjunto de iniciativas e estratégias que permitem a adaptação, nos sistemas naturais ou criados pelos homens, a um novo ambiente, em resposta à mudança do clima atual ou esperada. As medidas de resiliência fazem parte de um sistema, no qual as dimensões ecológica, geofísica e socioeconômica têm igual importância. Num cenário macroeconômico interligado, a atuação de um único setor ou país pode influenciar a confiança do consumidor e stakeholders em geral. “A questão não pode ser encarada de forma simplista. Para desenvolver resiliência às mudanças climáticas, não bastam medidas pontuais ou cautelares simples. É preciso incorporar uma nova postura entre todos os participantes de um empreendimento, permeando todo o organograma. É necessário mapear com precisão as vulnerabilidades às quais a empresa está sujeita, frente a diversos cenários, tendo em vista as incertezas e a imprevisibilidade dos eventos extremos causados pelas mudanças climáticas”, afirma Emanuel Manfred Freire Brandt, analista de meio ambiente (Químico Industrial), da Brandt Meio Ambiente.
As políticas públicas deverão complementar as ações do setor privado, com coordenadas de planejamento, atuando diretamente sobre os limites dados pelas adversidades climáticas existentes nos diferentes setores da economia. “Por seu lado, as empresas com o devido preparo para criar resiliência às alterações climáticas estarão menos sujeitas aos efeitos das mudanças climáticas, podendo até mesmo encontrar oportunidades para agregar valor ao negócio. Os conceitos de vulnerabilidade e geração de resiliência devem fazer parte da gestão empresarial para evitar impactos severos ao longo da operação do negócio”, comenta Markus Weber, diretor, Gestão do Conhecimento, da Brandt.
Risco climático na mineração
No setor da mineração, o risco climático pode se manifestar em várias áreas afetando o complexo minerário. “A lista é grande, mas entre outros podemos citar o comprometimento do fornecimento de água e danos à infraestrutura de transportes provocados por enchentes, transbordo de barragens de rejeitos, provocando contaminação ambiental, ameaças à saúde dos colaboradores provocadas por alterações nas condições de trabalho ou disseminação de doenças, problemas com as comunidades próximas às operações, alterações nas águas subterrâneas e de superfície, com implicações na drenagem ácida de mina e na mobilidade de contaminantes e o comprometimento de ecossistemas vulneráveis em áreas dentro da propriedade”, explica Alceu Raposo Júnior.  
Os efeitos dos riscos climáticos podem incluir atrasos operacionais, lucro cessante, aumento dos custos de produção, falta de mão de obra e danos ambientais. “Se forem compreendidos e gerenciados de maneira apropriada e na hora certa durante a vida útil da mina, tais riscos podem ser previstos no planejamento de investimentos e decisões operacionais”, informa Markus Weber, diretor, Gestão do Conhecimento da Brandt.
As empresas do setor da mineração estão sujeitas, cada vez mais, à implantação de estratégias de negócio relacionadas às mudanças climáticas, em busca de resiliência e da competividade futura. “Para a boa gestão empresarial, é essencial estar atento a esses fatores de risco e vulnerabilidades e implementar medidas efetivas de resiliência para a manutenção e continuidade das operações de mineração. Certamente, seus gestores serão, cada vez mais, cobrados a fornecerem respostas adequadas a esta nova realidade”, finaliza Emanuel Manfred Freire Brandt.
O trabalho “A resiliência climática e sua aplicabilidade na mineração” foi desenvolvido por Ana Paula Silva Ferreira (Engenheira de Minas), Brandt Meio Ambiente; Alceu Raposo Júnior (Geógrafo e Climatologista), Brandt Meio Ambiente/ClimAgora; Emanuel Manfred Freire Brandt (Químico Industrial), Brandt Meio Ambiente e Markus Weber (Engenheiro Florestal), Brandt Meio Ambiente.

Apresentação do trabalho
Dia: 6/8/2014
Horário: 15h
Local: Belo Horizonte/MG (O CBMINA acontece nos dias 6 e 7/8/2014)
 
Sobre a Promon Meio Ambiente - Criada em 2011, a Promon Meio Ambiente nasceu do propósito do Grupo Promon (www.promon.com.br) de ter a sustentabilidade como eixo inspirador de suas atividades. Polo de negócios na área ambiental voltado aos setores de infraestrutura, a Promon Meio Ambiente se desenvolve com base em sua forte capacidade de inovação e apoiada em uma soma de expertises: as do próprio Grupo, particularmente da Promon Engenharia e de sua área de meio ambiente, e as que advêm das empresas Brandt Meio Ambiente, TerraVision Geotecnologia e Geoinformação e Verti Ecotecnologias.
Com reconhecida experiência em programas e estudos na área ambiental, no Brasil e em outros países, a Brandt Meio Ambiente (www.brandt.com.br) tem como oferta principal a prestação de serviços de due diligence, avaliação de passivos, gestão socioambiental de implantação e operação de empreendimentos, monitoramento e licenciamento ambiental junto a agências ambientais. Em mais de 25 anos de atividades, desenvolveu mais de cinco mil trabalhos, dos quais um mil foram obtenções de licenças. É a única empresa brasileira que dispõe de uma equipe técnica multidisciplinar completa constituída por aproximadamente 100 técnicos, especialistas Máster e Seniores. Seus principais setores de atuação são o de extração e beneficiamento mineral, siderurgia, metalurgia, óleo e gás, indústrias de base, geração e transmissão de energia.
A TerraVision Geotecnologia e Geoinformação (www.terravisiongeo.com.br) atua em geoprocessamento e sensoriamento remoto com foco em inovação tecnológica. Elabora bases cartográficas e mapeamentos mediante instrumentos e imagens de satélite. Incorpora, ainda, o ClimAgora, um centro de estudos climáticos e previsão do tempo.
A VertiEcotecnologias (www.vertiecotecnologias.com.br) pesquisa e desenvolve tecnologias para solução de problemas ambientais. Realiza pesquisas de prospecção e mapeamento de tecnologias ambientais, estudos de ecoeficiência de processos industriais e análise de ciclo de vida de produtos, com foco no aproveitamento de resíduos e melhor tratamento de efluentes.

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