Sistema de Controle de Trânsito da Digicon apresenta melhora de fluxo nas principais vias de Recife

camera.jpgSistema de Controle de Trânsito da Digicon apresenta melhora de fluxo nas principais vias de Recife
 
Em avaliação técnica, as avenidas do Forte, Abdias de Carvalho e General San Martin obtiveram ganhos na velocidade média dos veículos. Implantado em agosto de 2013, a avaliação técnica deste sistema demonstra esta houve aumento médio na velocidade operacional dos veículos, chegando a 200% em alguns casos.

Além disso, a população, de forma intuitiva, percebeu a mudança entre os regimes de gestão semafórica a que estava submetida a via. Quando o sistema por algum motivo passava a operar em tempo fixo, os usuários imediatamente começavam a reclamar no serviço “0800” da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). Fato este que não ocorria quando a operação estava no modo adaptativo em tempo real.
A Digicon - especializada em sistemas para controle de trânsito - foi escolhida pela Secretaria de Mobilidade para um teste piloto na cidade com o SCATS. Os semáforos inteligentes foram instalados em três vias importantes da capital de Pernambuco: as avenidas do Forte, Abdias de Carvalho e General San Martin. “A solução permite alterar automaticamente os tempos de verde dos semáforos conforme a aproximação de veículos dos cruzamentos com o auxílio de detectores virtuais com câmeras de vídeo”, explica o diretor da divisão de Mobilidade Urbana da Digicon, Hélgio Trindade Filho.
 
Resultados
O relatório de avaliação técnica fez um comparativo ao antigo sistema de tempo fixo e o SCATS. Durante o período de testes foi apurado que no caso da Avenida Abdias de Carvalho, houve um aumento médio na velocidade operacional dos veículos de 35% no sentido subúrbio/cidade. Como também de 14% no sentido cidade/subúrbio no mês de abril. Ainda neste mesmo mês chegaram a ser observados ganhos médios da ordem de 80% na velocidade média no pico da manhã no sentido subúrbio/cidade. Em fevereiro, o ganho médio obtido havia sido de 26% ao longo do dia, sendo que nos picos pela manhã foram registrados aumentos acima de 46% no sentido subúrbio/cidade. Bem como 39% nos picos da tarde no sentido cidade/subúrbio.
As transversais apresentaram ganhos ainda mais significativos. O relatório mostra que no cruzamento da Avenida General San Martin foram registrados ganhos de velocidade média da ordem de quase 200% no sentido Caxangá e em torno de 20% no sentido Terminal. O cruzamento da Praça 15 de Março alcançou ganhos de velocidade média de até cinco vezes. Para a Avenida do Forte, houve aumentos de velocidade média de até 2,5 vezes. Em suma, o SCATS facilitou a mobilidade urbana principalmente nos horários de maior fluxo de veículos, ou seja, no pico da manhã para o sentido subúrbio/cidade e no pico da tarde para o sentido cidade/subúrbio.
As medições indicaram que quanto maior a taxa de saturação, maior é a discrepância entre um sistema que opera se ajustando às condições da via em relação a um sistema de tempos fixos. Logo, o sistema de controle de tráfego adaptativo em tempo real é indicado para os casos extremos de fluxo e interferências. O fato de haver um maior ganho na velocidade média dos veículos exatamente nos horários de picos (manhã/noite) evidenciou o fato de que a operação do sistema de controle de tráfego adaptativo em tempo real otimiza o uso da via. Isso oferece resultados bem superiores ao controle em tempo fixo.
Ainda foi constatado que a existência de giros à esquerda permitidos em vários cruzamentos representam interferências que fogem do controle da operação dos semáforos. Isso tendo em vista que veículos param de forma desordenada obstruindo o fluxo dos veículos que tentar cruzar a via, mesmo com o estágio correspondente do semáforo no verde. O que aconteceu nas interseções indicadas para o teste. Portanto, segundo relatório, os ganhos poderiam ainda ser maiores se o sistema estivesse operando em redes sem esses tipos de interferências, que acabam exigindo que o sistema interrompa o tempo de determinado estágio em detrimento de outro que esteja desobstruído.
Resultados das aplicações em diversos países atestam que o uso do sistema reduz as paradas de veículos em até 40% e diminui incidências de atraso em até 20%. O software também traz sua contribuição ao meio ambiente ao provocar queda nas emissões de gases em 7% e de consumo de combustível de 12%. “Na medida em que o fluxo de automóveis diminui ou aumenta, o sistema determina a troca de sinal automaticamente”, explica o diretor da Digicon. O diferencial da tecnologia está em permitir a integração entre os equipamentos de diversos cruzamentos, buscando a otimização para redução de congestionamentos, contribuindo de forma mais ampla para um melhor fluxo na região.
 
Mais sobre a Digicon - A Digicon é distribuidora no Brasil da empresa Tyco, que detém os direitos de comercialização do Sistema SCATS - desenvolvido pelo RMS, órgão responsável pelo trânsito no estado de New South Wales, na Austrália. A empresa desenvolveu a integração dos seus controladores de semáforos com o Sistema SCATS, tornando o custo de implantação e manutenção mais competitivo, aumentando a eficácia do uso da tecnologia nacional. “Essas características nos permitem projetar bons negócios com as principais cidades do Brasil. Parte delas já usa sistemas semelhantes, mas com equipamentos importados e enfrentam uma série de problemas operacionais, principalmente com os altos custos de manutenção”, afirma Trindade. O SCATS também opera em capitais como Xangai, Sidney, Dublin, entre outras. No Brasil a solução já está operando em seis cidades brasileiras: Porto Alegre (RS), Vitória (ES), Osasco (SP), São José dos Campos (SP), Cabo de Santo Agostinho (PE) e em Belo Horizonte (MG).
 
Foto: divulgação
Moglia Comunicação

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