Vendas de material de construção se mantêm estáveis no Nordeste e no Centro-Oeste do Brasil

02/10/2015 - Vendas de material de construção se mantêm estáveis no Nordeste e no Centro-Oeste do Brasil
 
Demais regiões do país apresentaram retração. Desempenho foi negativo para todos os segmentos pesquisados
 
As vendas de material de construção se mantiveram estáveis no Nordeste e no Centro-Oeste do Brasil no mês de setembro. Já as demais regiões do país apresentaram queda de 11% (no Sul e Sudeste) e de 5% (no Norte) no período.
Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 24 e 30 de setembro e a margem de erro é de 4,3%.
Segundo o levantamento, no geral as vendas retraíram 8% no mês, em comparação com agosto. No acumulado do ano, o setor tem um desempenho negativo de 6%, mesmo índice apresentado nos últimos 12 meses.
Todas as categorias pesquisadas apresentaram queda, principalmente cimento (-11%) e revestimentos cerâmicos (-9%). Tintas, fechaduras e ferragens retraíram 5%, metais e louças sanitárias tiveram queda de 4% e telhas de fibrocimento tiveram desempenho estável no mês.
Para o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, os resultados de setembro refletem o atual cenário econômico brasileiro: “Hoje, o endividamento das famílias está muito mais alto do que, por exemplo, na crise de 2009. Fora isso, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, referentes ao mês de agosto, revelam que o Brasil fechou 86.543 vagas formais de trabalho no mês e já registra demissão líquida de 572,8 mil trabalhadores em 2015. E o número de desempregados também cresceu, porque houve um aumento do número de pessoas que estavam fora do mercado de trabalho e que agora estão procurando emprego. Toda vez que temos diminuição de crédito e redução de número de empregos isso se reflete de forma quase que instantânea no nosso setor”, declara.
Conz lembra que, em agosto, a pesquisa indicou uma retomada de pequenas obras e reformas em todo o país, mas afirma que as notícias sobre o corte de crédito do Brasil e a perda do grau de investimento também repercutiram de forma intensa entre os consumidores. “O perfil de crédito do Brasil enfraqueceu ainda mais e isso acaba repercutindo na diminuição da confiança do consumidor, que já vinha sofrendo com a diminuição do emprego e do crédito”, explica.
A Pesquisa da Anamaco revelou, também, que em setembro aumentou o otimismo (de 20% para 23%) o e o pessimismo (de 55% para 57%) dos lojistas com relação às ações do governo. A pretensão de se fazer novos investimentos no próximos 12 meses também retraiu em todas as regiões, exceto no Norte (onde aumentou de 42% para 54 %) e no Sudeste (de 23% para 24%). Já a intenção de contratar novos funcionários em outubro está em torno de 11%, índice próximo de agosto.

Sobre a Anamaco - A Anamaco - Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção - é uma entidade de classe, sem fins lucrativos, que funciona como interface entre os órgãos governamentais e as Acomacs e Fecomacs, demais entidades, fabricantes e comerciantes de material de construção. Em 2014, a entidade comemorou 50 anos de fundação de seu sistema associativista. O nosso papel é desenvolver ações junto ao poder público apresentando sugestões e projetos que têm por objetivo aumentar as vendas de material de construção, promovendo o desenvolvimento do setor e do país como um todo. A Anamaco também promove discussões em torno de assuntos que podem interferir diretamente na cadeia produtiva da Construção, como questões ligadas à tributação, projetos de lei etc. O nosso presidente, Cláudio Elias Conz, é membro do Conselho Curador do FGTS, representando a CNC. Com cerca de 148 mil lojas em todo o país (incluindo 136.868 lojas varejistas e mais de 12 mil lojas atacadistas), o setor de material de construção é parte integrante do complexo denominado de “ConstruBusiness”, que representa 9,1% do PIB brasileiro. Cada R$1 produzido na construção gera R$ 1,88 na produção do país. As atividades da cadeia ocuparam 11,3 milhões de pessoas em todo o país em 2014, sendo que comércio e serviços correspondem a 16,2% desse total. A cadeia da construção é o 4º maior gerador de empregos do país e remunera seus trabalhadores 11,7% mais do que os outros setores da economia. Em termos reais, o valor adicionado pelo comércio de material de construção cresceu a uma taxa de 8,5% ao ano entre 2007 e 2014, e o emprego expandiu-se a um ritmo de 6,5% ao ano.

Comunicação Anamaco

Banner
Banner
Banner

Site Login