Empresas do setor da construção civil investem em soluções sustentáveis para reduzir o consumo de água nos empreendimentos

01/12/2015 - Empresas do setor da construção civil investem em soluções sustentáveis para reduzir o consumo de água nos empreendimentos
 
Preocupadas em preservar a água para as próximas gerações e evitar os racionamentos, empresas da construção civil investem em sustentabilidade nos empreendimentos
 
Minas Gerais vem sofrendo com a falta de chuva há um bom tempo. O clima quente e seco já levou mais de 100 cidades mineiras a decretarem estado de emergência. Na capital, as altas temperaturas também já causam falta de água. A Copasa realizou, recentemente, intervenções no sistema do Rio das Velhas e paralisou o abastecimento em vários bairros de Belo Horizonte.
Pensando em preservar a água para as próximas gerações, a GreenGold Engenharia Multidisciplinar desenvolve projetos para construtoras e incorporadoras a partir de técnicas construtivas sustentáveis, com objetivo de diminuir o consumo dos recursos hídricos nos empreendimentos. As soluções vão desde as mais complexas, como poços artesianos e estações de tratamento de esgoto, até especificações de peças sanitárias de baixo consumo.
Uma opção economicamente e tecnicamente viável é o aproveitamento de águas pluviais para fins não potáveis, como irrigação, lavagem de pátios, carros e descarga de bacias sanitárias. “A medida não demanda tratamento muito técnico nem equipamentos, sendo uma operação mais simples”, explica Júlio Fonseca, diretor de engenharia da GreenGold.
Se o problema é evitar a falta de fornecimento de água pela concessionária, a construção de poços artesianos e de cisternas é a solução. “Mas vale lembrar que o princípio de diminuir o consumo de água doce no mundo não é resolvido, pois os aquíferos subterrâneos também são um recurso finito”, pontua Fonseca.
Outra técnica apontada por ele é a instalação de medidores individuais em condomínios. Obrigatória desde 2011 nos empreendimentos do Rio de Janeiro e desde 2005 em São Paulo, a medida pode reduzir o consumo de água na faixa de 15 a 25%.
Após as recentes crises hídricas que atingiram boa parte da região Sudeste e impactaram os preços de diversos serviços, uma preocupação dos consumidores e construtoras tem sido investir em dispositivos e práticas que reutilizem recursos ou minimizem o desperdício. Pensando nisto, a Patrimar utilizou no Villaggio Gutierrez sistemas inteligentes e econômicos, dentre eles o aproveitamento de águas pluviais para irrigação das águas comuns, instalações sanitárias com sistema dual flux, torneiras com sistema de controle e consumo de água e previsão para medição individualizada de água.
De acordo com Fonseca, o mercado também já inaugurou produtos para economizar o consumo. Para uso doméstico, há disponível no mercado ducha com vazão de 8L/min até 30L/min. “ Para vazões como de 30L/min. seria consumido num banho de 6 minutos a média diária per capita nacional”, afirma o diretor.
O poder público nas diversas esferas, municipal, estadual e federal, está adotando legislações cada vez mais rigorosas, com o intuito de preservar os aquíferos e reduzir o consumo de água. Mas, para Fonseca, a solução para o desperdício começa pela conscientização e educação dos consumidores. “Acredito que o tema água vai além da questão de desperdício. É necessário ter o entendimento dos vários ecossistemas brasileiros e a influência que um exerce sobre o outro. Uma visão holística nos propiciará mais base para questões como penas e multas por excessos, pois é preciso entender no que estamos excedendo”, finaliza o diretor.
 
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