Seconci-SP lança estudo sobre as principais dores relatadas por parte dos trabalhadores da construção civil

07/12/2015 - Seconci-SP lança estudo sobre as principais dores relatadas por parte dos trabalhadores da construção civil
 
Ombro, coluna e joelho apresentam maior índice de lesões
 
Diminuir dores e reabilitar trabalhadores da construção civil é um dos desafios da equipe de fisioterapia do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). Com esse objetivo, a entidade realizou um estudo denominado “Morbidade dos trabalhadores da construção civil e a atuação da fisioterapia”, que foi apresentado pela fisioterapeuta Eliana Santos Marçal da Silva, durante a 5ª Jornada de Fisioterapia das Unidades Gerenciadas pelo Seconci-SP.
As principais queixas relatadas pelos pacientes foram compiladas em uma pesquisa e revelaram os principais tipos de dores enfrentadas por pedreiros, serventes e mestres de obras, além dos tratamentos realizados. Foram pesquisados os 5.958 trabalhadores da construção civil atendidos na fisioterapia da Unidade Central da capital paulista em 2014, que representam 1,5% dos 400 mil que atuam na construção civil no município de São Paulo.
Deste montante, 91,1% dos tratamentos foram voltados a pessoas com diagnóstico de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. Os problemas de saúde campeões na procura por tratamento são as tendinites em geral (sinovites e tenossinovites) ocupando 17,4% dos atendimentos. Em segundo lugar estão as dores na parte de baixo das costas (lombociatalgias) com 14,1%. Em terceiro lugar as fraturas nos ossos com 11,1%, seguidas das dores articulares (inflamações nas articulações, artroses e artrites) com 9,9%.
“Os ombros, colunas e joelhos são as partes do corpo que mais sofrem”, alertou a fisioterapeuta. Os trabalhadores com idade entre 50 e 59 anos representaram 32% dos pacientes atendidos, seguidos pela faixa de 40 a 49 anos, que significaram 31,5%.
O papel dos fisioterapeutas do Seconci-SP também é sensibilizar para a importância do tratamento, já que 22% das sessões registraram ausência do paciente. “Se a pessoa abandona o tratamento, a dor volta em um grau intenso e o tempo de tratamento será maior. Não se pode ignorar a dor, já que se não for curada, quando retorna, torna-se ainda mais crônica”, alerta a fisioterapeuta.
“Notamos ainda uma demanda crescente de trabalhadores jovens, na casa dos 40 anos, procurando atendimento de fisioterapia. O cenário chama atenção, já que grande parte dos usuários do Seconci-SP é de pessoas que já passaram dos 50 anos”, pontua Eliana.
É importante que o trabalho de prevenção seja realizado dentro do canteiro de obra, por meio de atividades como ginástica laboral e orientação sobre postura. Medidas como essas podem evitar o afastamento da pessoa do posto de trabalho. “Hoje o Brasil contabiliza cerca de três milhões de trabalhadores na construção e só o Estado de São Paulo soma quase 800 mil pessoas. Investir na prevenção é mais barato, uma vez que é mais econômico adotar medidas preventivas do que ter um contingente de trabalhadores afastados”, enfatiza Eliane.
O atendimento de saúde oferecido pelo Seconci-SP abrange também os familiares dos trabalhadores de empresas contribuintes da entidade, que só em 2014 realizou 25 mil atendimentos na Unidade Central, em São Paulo. A humanização e o acolhimento são os princípios do atendimento ambulatorial do Seconci-SP, o que também foi comprovado durante a pesquisa. “Mais de 70% dos pacientes que terminaram o tratamento relatam que estavam satisfeitos e sentiam menos dor”, comemora a fisioterapeuta.
 
CDN Comunicação

Banner
Banner
Banner

Site Login