Após boom, venda de LED’s sofre queda

01/06/2016 - Após boom, venda de LED’s sofre queda
 
Ao contrário de 2015, venda de LED cai em 2016. O último ano registrou um disparo nas vendas de lâmpadas de LED no país, o que, em parte, foi impulsionado pelo excessivo aumento do custo da energia, mas também devido à oferta da tecnologia a preços mais acessíveis. Segundo dados da Abilux, em um ano o consumo de LED no país triplicou, passando de 27 milhões para 81 milhões de unidades. Ele já corresponde a 55% do mercado de iluminação, seguido das fluorescentes compactas, com 30%, e o restante são outras tecnologias.
A venda de LEDs na Golden acompanhou esta tendência de crescimento. Em 2013, eles correspondiam a 14% do volume total de vendas da empresa, passando para 70% em 2015. Contudo, no primeiro trimestre de 2016 as vendas caíram 23% em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de 8,5 milhões de unidades, devido ao cenário macroeconômico desfavorável ao consumo. “A queda do consumo fez com que nossas vendas de LED caíssem para 6,5 milhões de unidades, elevando nossos estoques”, explica o presidente da Lâmpadas Golden e diretor da Associação Comercial de São Paulo, Álvaro Diniz. A perspectiva é de recuperação das vendas no segundo semestre.
Além da instabilidade econômica que afetou o consumo, a indústria de iluminação ainda enfrenta a concorrência com produtos de baixa especificação e preços mais atrativos que absorvem uma fatia do mercado, o que deverá ser superado com a entrada em vigor da certificação. A partir de julho do ano que vem o comércio não poderá mais vender LED fora dos padrões mínimos de eficiência. Enquanto isso, a indústria tem até outubro deste ano para desovar seus estoques sem certificação.  “Com a regularização terá fim a discrepância que é causa de competição desleal para a indústria e de insatisfação para o consumidor”, avalia o executivo.
Outro grande desafio para a indústria é romper a barreira da influência da cultura das lâmpadas tradicionais, que atrapalham no entendimento da tecnologia. Segundo Diniz, “o consumidor precisa aprender como comprar lâmpada e saber o que deve comparar. Por exemplo, está acostumado a trocar uma peça por outra da mesma potência e tecnologia, com a sensação equivocada de que Potência (W) representa luminosidade”. Com o advento da lâmpada eletrônica e depois do LED, a indústria vem se dedicando a explicar que Potência é consumo e o Fluxo Luminoso (lm), é o quanto a lâmpada irá iluminar.

Fim da incandescente
Em 30 de junho inicia a última etapa da retirada das incandescentes do mercado, com o fim da comercialização por fabricantes e importadores dos modelos entre 25 e 40W, mas elas ainda poderão ser vendidas pelo comércio até junho de 2017. A iniciativa faz parte do processo de retirada gradual dos produtos de iluminação sem eficiência do mercado, que começou em 2012 como parte da política nacional de eficiência energética e foi responsável pelo fim da comercialização das incandescentes de 150W a 40W.
No Brasil, a migração para lâmpadas mais eficientes assiste a um duplo movimento. Segundo Diniz, “um percentual grande adotou a fluorescente compacta num primeiro momento, mas, recentemente tem se acentuado a migração direta da incandescente para o LED”, afirma. Em sua avaliação, isto decorre do fato de o consumidor estar mais consciente e interessado em produtos mais eficazes, que consomem menos energia, com o mesmo nível de iluminação.
 
Vértice Comunicação

Banner
Banner
Banner

Site Login