Novo modal adotado pela ArcelorMittal Tubarão tira 15 mil caminhões das estradas capixabas e mineiras

15/08/2012 - Novo modal adotado pela ArcelorMittal Tubarão tira 15 mil caminhões das estradas capixabas e mineiras
 
Esse resultado é possível devido à utilização de contêineres ferroviários para o transporte de calcário entre Espírito Santo e Minas Gerais. A meta, até dezembro, é chegar a 25 mil toneladas de calcário transportadas por mês. Investimentos da ordem de R$ 600 mil estão sendo feitos para a expansão do modal, no terminal de descarga de contêineres de Tubarão
 
Mensalmente, uma média de mil caminhões deixa de circular pelas estradas que ligam o Espírito Santo e Minas Gerais, resultado de um projeto da ArcelorMittal Tubarão, que implantou um novo modal de contêineres ferroviários para o transporte de calcário entre os dois estados. De abril de 2010 – ano que começou a funcionar a nova modalidade - a junho de 2012,  deixaram de circular 15.250 caminhões, o que evitou a emissão de 3.588 mil toneladas de CO2. O projeto é inédito no País, já que o calcário é transportado em container nos vagões. Antes da iniciativa, o transporte do produto era feito em caminhões.
A iniciativa também traz a vantagem de movimentar grandes volumes com mais eficiência, como é o caso do calcário, cuja demanda mensal da empresa, atualmente, é de 22 mil toneladas, podendo chegar a 50 mil. A implantação do modal trouxe ainda um aumento da segurança no trânsito, resultado da redução no número de carretas de grande peso circulando nas rodovias – uma média de 30 por dia. Outra vantagem do projeto é que a degradação do calcário atingiu níveis mínimos (menos que 3%).
Na prática, a operacionalização do modal é simples. Após serem carregados, os contêineres são transportados por via terrestre, cerca de 21 km, até o terminal para embarque na ferrovia, onde é realizada a mudança de modal. Nessa etapa, a carga é transportada em vagões com dois contêineres de até 28 toneladas cada.
Para a concepção do projeto, a ArcelorMittal Tubarão investiu na construção de um terminal em sua unidade, na Serra, onde os contêineres são retirados do vagão por equipamentos tipo “Top Loader” ou “Reach Stacker”, usados para manusear contêineres, e enviados para descarga. Desde abril de 2010, mais de 13 mil contêineres já foram descarregados na unidade.
Por conta do sucesso do projeto, a ArcelorMittal Tubarão, juntamente com os parceiros da iniciativa, está implantando melhorias para aumentar o volume transportado e diversificar os produtos transportados via contêiner. Investimentos estão sendo feitos na expansão dos terminais de carga, em Minas Gerais, e no de descarga, em Tubarão. Só o da ArcelorMittal Tubarão está demandando investimentos da ordem de R$600 mil em seu terminal de contêineres, com previsão de conclusão na segunda quinzena de setembro.
Uma das possibilidades está na utilização do modal para transportar outros materiais, que são adquiridos externamente e cujos fornecedores também estão localizados em Minas Gerais. Outra oportunidade a ser explorada está no retorno dos contêineres a Minas Gerais, já que atualmente são transportados vazios. Estudos em andamento avaliam sua utilização no escoamento de outros produtos fabricados na ArcelorMittal Tubarão – como bobinas a quente - para a região de Belo Horizonte. É o chamado “round trip”,  ou seja, o circuito completo envolvendo o abastecimento e escoamento com a utilização do contêiner, confirmando que a opção deste modal será o futuro para transportes de grandes volumes, além de uma grande oportunidade de otimização de recursos com redução de custos e menor impacto ambiental.
 
Você sabia?
- O transporte de contêiner no Brasil vem aumentando sua participação na ferrovia desde a privatização quando eram movimentados apenas 3,5 mil unidades para mais de 272 mil em 2009, conforme informado no site ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).
- No Brasil, cerca de 60% das cargas são escoadas por rodovias. As ferrovias respondem por 25% e o modal aquaviário por 15%. Esses números destoam de países de extensão territorial semelhante: nos Estados Unidos, 43% da circulação de cargas é feita por ferrovias e 32% pelas estradas; e na China, 50% é feita pelas rodovias e 37% por trilhos.
 
 Mosaico Gestão em Comunicação

Banner
Banner
Banner

Site Login