Falta de planejamento pode fazer a indústria mundial de óleo e gás gastar US$ 5 trilhões a mais, mostra pesquisa da Accenture

08/10/2012 - Falta de planejamento pode fazer a indústria mundial de óleo e gás gastar US$ 5 trilhões a mais, mostra pesquisa da Accenture
 
Estudo é o primeiro lançamento do Accenture Innovation Center no Rio de Janeiro – um centro de pesquisas dedicado à indústria mundial de Energia
 
A Accenture, empresa de consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing, lança no Rio de Janeiro (RJ) o Accenture Innovation Center, um centro de pesquisa brasileiro para o segmento de Energia que passa a integrar um grupo de outros cinco centros (de Energia) da Accenture no mundo (Tóquio, Londres, China, Perth e Houston). A primeira divulgação desse novo centro no Rio de Janeiro é uma pesquisa para entender quanto as empresas dos segmentos de óleo, gás e utilities em todo o mundo gastarão, além do previsto em seus orçamentos, se não melhorarem a implementação dos projetos de infraestrutura.
Com esse lançamento, a Accenture consolida a atuação no segmento de Energia, com o objetivo de acelerar a trajetória de alta performance do setor e de seus participantes. A unidade brasileira atuará nas áreas de pesquisa e compartilhamento das melhores práticas, experiências e inovações para a indústria de Energia, além disso integrará o mais avançado centro de tecnologia da Accenture no mundo, o Accenture Technology Labs – focado há 20 anos na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias no mundo.
 
Pesquisa – A estimativa da Agência Internacional de Energia (AIE) é que a indústria de óleo, gás e utilities investirá US$ 38 trilhões em projetos globais até 2035, principalmente para construir e manter os ativos, como dutos e estrutura das redes elétricas. Um estouro no orçamento significa exceder este valor em 13%, ou cerca de US$ 5 trilhões.
A Accenture entrevistou 61 executivos de 21 países, entre eles o Brasil, que atuam no segmento de energia e que respondem por projetos de pelo menos US$ 1 bilhão. O resultado do estudo mostrou que 34% dos entrevistados afirmaram ter entregado 25% dos budgets aprovados para todos os projetos, enquanto apenas 32% cumpriram na agenda prevista. Entre os principais desafios para a conclusão das iniciativas 49% citaram as necessidades regulatórias e 25% as habilidades da mão de obra.
Os aspectos regulatórios e as questões ambientais são os principais pontos de atenção para as empresas que estão instaladas no Brasil e apontam para uma nova necessidade de aprimoramento. De acordo com o líder da prática de Energia da Accenture, Guilherme Pinheiro, a análise de grandes projetos apenas pela competência técnica e econômica já não são suficientes. “As empresas devem estar atentas para que nenhuma questão regulatória, principalmente, ambiental, atrase o planejamento e, por consequência, a entrega do projeto”, disse. “É fundamental que as companhias realizem com antecedência estudos de competência técnica, econômica, ambiental e inclusão social”.
O atual cenário brasileiro mostra que as grandes obras de infraestrutura com data de entrega até o fim desta década estão com atrasos de mais de 50 meses.
Para Pinheiro, o Brasil tem uma agenda de investimento em infraestrutura para a indústria de óleo e gás ampla para os próximos anos e esse é o momento do país adotar as melhores práticas, garantindo a eficiência da implementação dos projetos e conclusão no prazo das iniciativas previstas. De acordo com ele outro ponto importante é as empresas estarem atentas e ampliarem o foco em gestão – planejamento, desenvolvimento e retenção de talentos.
Para garantir a alta performance, as empresas do setor devem estar atentas  principalmente a seis pontos:
· Entender as necessidades regulatórias – o mercado mundial exige que as companhias cumpram e sigam as normas regulatórias. Entretanto, os aspectos legais não são iguais em todos os países. No Brasil, um dos principais pontos que merecem estudo, atenção e dedicação das companhias são as questões ambientais, que muitas vezes atrasam grandes projetos, simplesmente, pelo não conhecimento dos requerimentos – pelas empresas.
· Gerenciar os riscos – os riscos geralmente não são isolados; um problema em uma área de um projeto muitas vezes afeta outros setores. Sendo assim, as organizações precisam de uma abordagem rigorosa para avaliar os riscos – no projeto e nos níveis de portifólio – bem como processos robustos de acompanhamento e mitigação.
· Melhorar a colaboração com os fornecedores - a ascenção do custo do ativo de construção aumentou também a pressão pela excelência operacional. Empresas de utilities, por exemplo, estão se voltando para a sigla, em inglês, EPC, que traduzida significa engenharia, suprimento e construção, para a execução de projetos. Independente do número de empreiteiros e fornecedores, os melhores métodos de colaboração e transferência de dados precisam ser acordados no planejamento inicial.
· Trabalhar dados e análises - as empresas devem ter a capacidade de coletar dados em todos os níveis e, em seguida, aproveitar as análises avançadas para ter uma visão a partir desses dados. Em um nível básico inclui a comparação de estimativas em projetos anteriores, revisando as variações e identificando as causas para evitar repeti-las.
· Projetar o ciclo de vida - uma das áreas-chave para a melhoria é a transição da fase de construção para um ativo operacional. Ela exige melhor colaboração entre as equipes responsáveis para construir o formato de comissionamento e início do projeto.
· Desenvolver talentos - é essencial desenvolver uma estratégia logo no início do projeto para o desenvolvimento de talentos com foco em lideranças e gestão da estrura cultural e organizacional.
 
Sobre a pesquisa
O relatório da pesquisa foi conduzida pelo Centro de Inovação da Accenture para a Energia e Utilities. O relatório é baseado em entrevistas com 61 executivos dos setores de petróleo e gás e utilities entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012. Todos os entrevistados eram executivos de nível C e decisores ou influenciadores em projetos de infraestrutura em suas organizações; projetos elegíveis de pelo menos US $ 1 bilhão com o prazo de mais de um ano para entrega. Os projetos de investimento no setor de energia cobrem uma ampla gama de operações de produção, oleodutos e projetos gas natural liquefeito, refino e produtos químicos. Países envolvidos: Brasil, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Grécia, China (incluindo Hong Kong), Hungria, Índia, Irlanda, Itália, Holanda, Portugal, Arábia Saudita, Cingapura, África do Sul, Espanha, Suíça, Emirados Árabes Unidos, o Reino Unido e os Estados Unidos.
 
Sobre a Accenture
A Accenture é uma empresa global de consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing, com mais de 249.000 profissionais atendendo a clientes em mais de 120 países. Combinando experiência ímpar, conhecimento profundo sobre todos os setores econômicos e funções de negócio, e extensa pesquisa junto às mais bem-sucedidas organizações no mundo, a Accenture colabora com seus clientes, quer sejam empresas ou governos, para ajudá-los a alcançar altos níveis de performance. A companhia teve receitas líquidas de US$ 25,5 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de agosto de 2011. Sua página na internet é www.accenture.com.br
 
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