A indústria da infraestrutura

31/07/2013 - A indústria da infraestrutura
 
Por Cassiano Facchinetti
 
Hoje, a palavra de ordem é produtividade. Uma empresa produtiva garante lucros aos empresários, preços mais acessíveis ao consumidor final e ganhos de qualidade de vida aos funcionários. Mas como garantir resultados mais eficazes, redução de custos de mão de obra e prazos de entrega com melhor custo? Há varias respostas, todas transitando pela mesma via: a do investimento em infraestrutura.
A indústria da construção civil é um ótimo exemplo de como a injeção de capital no setor correto pode gerar uma série de ganhos. No Brasil, dois funcionários constroem por dia 17 metros quadrados no sistema de alvenaria. Trata-se do processo de construção tradicional, em que bloco por bloco é unido por argamassa. Nos EUA e em outros países desenvolvidos, aposta-se na utilização de placas de concreto pré-moldadas, cabendo aos operários apenas o trabalho de encaixá-las umas nas outras. Como resultado, a produtividade dos mesmos dois funcionários quase triplica, fazendo com que levantem de 40 a 50 metros quadrados por dia em uma obra, levando à diminuição dos custos com mão de obra e do tempo de construção, barateando o produto final.
Outro gargalo na infraestrutura brasileira são as estradas. O preço do transporte é repassado ao consumidor no custo total do produto, e rodovias mal cuidadas acabam por resultar em um deslocamento lento e, consequentemente, caro tanto de matérias-primas quanto de manufaturados. Levar um carro da fábrica em São Paulo para uma concessionária em Salvador (a 1.900 km) de caminhão custa quatro vezes mais do que o frete entre Xangai e Pequim (1.200 km).
Se não é possível mudar o modal de transporte, pode-se pelo menos tornar o que já existe mais eficiente. No caso das rodovias brasileiras, é perfeitamente viável investir em uma alternativa que garante redução de custos de manutenção e aumento de durabilidade: os pavimentos de concreto.
Mais resistentes que a pavimentação tradicional (a durabilidade estimada é de 20 anos), o piso mostra-se ideal para locais de circulação de tráfego pesado, como rodovias e corredores de ônibus. Estudos indicam que caminhões de carga rodando nesse tipo de pavimento reduzam em até 11% seu gasto de combustível.
Esses dois exemplos de investimentos que aumentam em muito a eficácia da produção e do escoamento são alguns dos destaques que o visitante conhecerá na sétima edição do Concrete Show, maior evento da cadeia produtiva do concreto da América Latina. O fato da feira levar à indústria as soluções que prometem aumentar sua produtividade fez com que o evento crescesse ano a ano, consolidando-se como o segundo maior do setor de concreto do mundo. Em sua mais recente edição, em 2012, gerou um volume de negócios na ordem de R$ 880 milhões e aumentou 500% desde sua primeira edição.
E as perspectivas para 2013 são as melhores possíveis. Recentemente, o Governo Federal anunciou, entre outras medidas, a criação do Conselho Nacional de Mobilidade Urbana, além de investimentos de R$ 50 bilhões no setor. Paralelamente, o Governo toca a todo o vapor a segunda parte de seu Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) que, entre 2011 e 2012, injetou R$ 472,4 bilhões nas áreas de infraestrutura social, urbana, logística e enérgica, abrindo um leque enorme de oportunidades para quem deseja investir no setor.
Portanto, para aumentarmos a produtividade e garantirmos ganhos para todo o sistema produtivo, está mais do que na hora de nós da indústria embarcarmos nesse navio, ancorarmos nos portos da nova conjuntura e trafegarmos pelas recém-abertas estradas do investimento em infraestrutura.
 
* Cassiano Facchinetti – Gerente do Concrete Show South America
EVCOM

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