Gestores precisam sair do lugar comum para enfrentarem riscos e crises no gerenciamento de projetos

18/09/2013 - Gestores precisam sair do lugar comum para enfrentarem riscos e crises no gerenciamento de projetos
 
A opinião é de especialistas que participaram da 13ª edição do Seminário Internacional de Gerenciamento de Projetos
 
O Brasil apresenta, atualmente, um cenário de grandes obras de infraestrutura, impulsionado principalmente pelas demandas da Copa do Mundo e de segmentos como o portuário e o aeroportuário. Recentemente, no entanto, o povo foi às ruas dar um recado: é preciso responsabilidade e ter qualidade nos empreendimentos e na prestação dos serviços. A saída, segundo especialistas reunidos na 13ª edição do Seminário Internacional de Gerenciamento de Projetos, é investir na competência gerencial e na capacidade de inovação das pessoas e equipes responsáveis pela gestão.
O evento reuniu cerca de 850 profissionais atuantes no setor de gerenciamento de projetos no Centro de Convenções da Fecomercio, em São Paulo.
“A tomada de decisão é uma competência fundamental para o gestor de projetos. No entanto, se ele fica preso as mesmas soluções pode tomar caminhos errados. É necessário que busque novas informações”, afirmou a pesquisadora no grupo “Decide” sobre Teoria da Decisão na FEA/USP, Rosária Russo. “Outra questão importante é o viés emocional. Quando o gerente acha que só ele tem a solução, que pode resolver tudo sozinho, comete o erro de ser um otimista não muito inteligente”, concluiu.
Para a professora do MBA em Gestão de Projetos na HSM Educação e instrutora de cursos no IIL–International Institute for Learning e da Fundação Vanzolini, Maria Angélica Castellani, os gestores precisam “sair da caixinha e serem abertos a novidades”. “Para lidar com as complexidades e incertezas dos projetos, os gerentes têm sempre que repensar os valores, as atitudes, os comportamentos e criarem ambientes de confiança durante os processos”, explicou.
Riscos - A falta de reflexão sobre o novo papel dos gestores gera distorções, como por exemplo a ausência de uma avaliação correta dos riscos e das crises que podem acompanhar um projeto. O CEO da Projectlab, Roberto Pons, alertou durante palestra proferida no seminário: “Nós podemos elencar mais de 30 possíveis crises que podem ocorrer durante a Copa do Mundo, tais como manifestações, caos na telefonia, entre outras. Será que há um plano de gerenciamento para enfrentar esses possíveis obstáculos?
Ele destacou que a postura da empresa e dos gestores é que vai determinar a amplitude de um cenário negativo: “Uma crise tem quatro etapas: o choque, o recuo defensivo, o reconhecimento e, por fim, as adaptações e mudanças provocadas pelo processo. O tempo que cada fase terá depende da cultura da empresa e de como se preparou para enfrentar tudo isso”.
Segundo o coordenador de Projetos da FIA, Sérgio Luiz de Oliveira Assis, é possível ser mais otimista e crer que a avaliação consciente dos riscos e crises está se consolidando. “Hoje, com a visão preditiva, temos um conceito diferente da gestão de riscos. Ela assumiu um proporção extremamente importante dentro do gerenciamento de projetos pois aumenta a probabilidade dos impactos positivos superarem os negativos”, frisou.
Sociedade - Durante palestra, a presidente da Mastodon Consulting, Jennifer Tharp, abordou a sustentabilidade e o gerenciamento de projetos: “Devemos pensar na competição justa. Durante muito tempo foi difícil fazer negócios sem impactos no meio ambiente e na sociedade, mas hoje a consciência e o envolvimento das empresas e dos governo em torno da sustentabilidade nos projetos é muito maior”.
Ela questionou: “Como a sua empresa se envolve com pessoas que convivem na área ao redor do projeto? É preciso discutir com elas todos os impactos possíveis de um empreendimento, envolver a comunidade, inserindo esta cultura no gerenciamento dos projetos. Os negócios e a sociedade são muito interligados. É fundamental conectar valores para que o processo seja bom para todos. Isso é sustentabilidade”.
Cenário positivo - Além dos seminários, a 13ª edição do Seminário Internacional de Gerenciamento de Projetos reservou espaços para networking e apresentação de produtos e serviços de apoiadores. Caso, por exemplo, da Soft Expert, especialista na gestão de projetos e portfólios. “O encontro permite uma aproximação com o mercado de forma prática e ágil. Pudemos trazer nossas soluções em áreas como processos, documentos e TI”, disse o CEO da empresa, Ricardo Leper.
Roberto D´Amario e Darli Palma Cunha, da PMPlay (Project Management Role-Playing Game), aproveitaram o evento para apresentar uma novidade: um produto que traz uma nova abordagem no treinamento para gerenciamento de projetos. “É uma forma de aplicar o RPG como aprendizado com base na experiência. Encontramos no seminário os formadores de opinião e contatos de altíssimo nível para apresentar este projeto inovador”, afirmou D´Amario.

PMI - Desde a sua fundação, nos Estados Unidos, o PMI tem ampliado o número de associados pelo mundo e hoje conta com mais 500.000 profissionais, entre gerentes de projetos, diretores de empresas, analistas de projetos, analistas de sistemas, e outros, em mais de 185 países. “Somos uma referência no desenvolvimento de padrões para a prática da profissão de Gerenciamento de Projetos em todo o mundo”, diz o presidente do PMI-São Paulo.
O instituto é responsável pela publicação do PMBOK® Guide, (A Guide to the Project Management Body of Knowledge), o principal documento padrão do PMI e referência de melhores práticas para todos os profissionais. Até hoje, por volta de 4,2 milhões PMBOK® Guides já foram impressos. “Percebemos um aumento na procura por certificações em gerenciamento de projetos porque o mercado em geral está mais exigente quanto aos profissionais que contrata. A conjuntura econômica não tolera erros. O desenvolvimento e conclusão de um projeto para uma empresa pode significar o seu sucesso ou o seu fracasso”, explica Gama Neto.
Em São Paulo, o instituto é referência em termos de certificação de profissionais que atuam no gerenciamento de projetos e reúne 3.700 membros. O PMI - São Paulo é o segundo maior fora dos Estados Unidos e o oitavo no mundo em número de associados.
 
Sobre o PMI - Estabelecido em 1969 e sediado na Filadélfia, Pensilvânia EUA, o Project Management Institute (PMI®) é a principal associação mundial sem fins lucrativos em Gerenciamento de Projetos. O instituto ocupa posição de liderança global no estudo e desenvolvimento de melhores práticas e recomendações para o Gerenciamento de Projetos em todo o mundo.
A principal norma do PMI, "A Guide to The Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide)", fornece os fundamentos comumente aceitos para todos os profissionais em gerenciamento de projetos e vem ajudando organizações no mundo inteiro a atingirem resultados positivos em suas iniciativas.. Atualmente, mais de 4 milhões de edições do PMBOK® Guide estão em circulação.
 
Sobre o PMI - São Paulo - Formalizado em 1998, o Capítulo São Paulo – primeiro no Brasil – conta com cerca de 3.700 membros, sendo o segundo maior capítulo fora dos Estados Unidos e o oitavo no mundo em número de associados. O PMI - São Paulo mantém uma intensa agenda local, com reuniões periódicas abertas ao público, Grupo de Estudos Técnicos (GETs), cursos para os exames de certificações PMP e CAPM, workshops e a realização de um Seminário Internacional sobre o tema.

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