Participação feminina na construção civil cresceu 65% nos últimos dez anos

23/09/2013 - Participação feminina na construção civil cresceu 65% nos últimos dez anos
 
Mulheres conquistam espaço no setor
 
Seja como servente, pedreira, carpinteira ou soldadora, a mulher está conquistando, cada vez mais, espaço na construção civil. O RAIS (Relatório Anual de Informações Sociais), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), divulgou, em agosto, que o número de mulheres trabalhando no setor aumentou 65% nos últimos dez anos. Um dos motivos desta “invasão” seria a falta de mão de obra qualificada masculina.
De acordo com o MTE, em 2008, no Brasil, aproximadamente 138 mil mulheres trabalhavam no ramo, que, até então, era exclusivamente ocupado por homens. Em 2010, foram contabilizadas mais de 200 mil colaboradoras com carteira assinada no país, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Isso equivale a 8% do total de profissionais que trabalham na construção civil. “As mulheres são cuidadosas, detalhistas e dedicadas e, por isso, vêm conquistando espaço no mercado de trabalho”, afirma Aidê Ciochetti, gerente administrativo do Grupo Premodisa, especializado na construção de pré-moldados em concreto.
Segundo a gerente, a tendência é que as empresas optem, cada vez mais, pelo sexo feminino. “A Premodisa conta com cinco mulheres no setor de produção e nossa expectativa é que este número aumente nos próximos anos”, revela Aidê. “O resultado do trabalho da mulher é bastante satisfatório, sobretudo na parte de acabamento das peças. Isto se dá pelo fato de elas serem exigentes com elas mesmas”, conta.
Natalina Genoveva da Silva, 40 anos, trabalha há quase um ano como auxiliar de produção na Premodisa e diz que gosta do que faz. “Dizem que as mulheres são frágeis e não podem trabalhar em ‘serviço pesado’. Sou prova de que isto não é verdade. Podemos trabalhar, sim, e muito bem. Sou caprichosa e dedicada no que faço”, afirma a colaboradora, que atua no setor de acabamento de placas. “Vejo o caminhão da empresa carregado e sinto orgulho de saber que, com o meu trabalho, ajudei a fabricar aquelas peças”.
Cristina Pereira da Silva, 26 anos, está há cinco meses trabalhando no setor de manutenção do Grupo Premodisa e faz coro à colega quando diz que, sim, as mulheres desempenham com maestria o trabalho. “As mulheres aprendem com facilidade, além de serem cuidadosas.”
 
Q! Notícia Comunicação

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