Pöyry lança índice para empresas avaliarem desempenho da sustentabilidade em toda a cadeia produtiva

14/10/2013 - Pöyry lança índice para empresas avaliarem desempenho da sustentabilidade em toda a cadeia produtiva
 
Nova ferramenta avalia sustentabilidade a partir de índices ambientais, econômicos e sociais, e já está disponível no Brasil
 
Devido principalmente a fatores macroeconômicos, a indústria brasileira de celulose e papel, mesmo com vantagens estruturais, tem perdido competitividade, e as medidas de recuperação passam pela inovação e, destacadamente, pela sustentabilidade. A avaliação foi feita por Marcelo Cordaro, presidente no Brasil da Pöyry – multinacional finlandesa líder mundial em serviços de engenharia e consultoria para o setor de celulose e papel. Ele foi o anfitrião do café da manhã realizado pela empresa no dia 9 de outubro, em São Paulo, por ocasião do ABTCP 2013 – 46º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel. Cordaro anunciou, na ocasião, o lançamento no País de um índice de desempenho de sustentabilidade, o Green Mill Index, iniciativa inédita para as empresas avaliarem seu desempenho em vários aspectos – econômico, social e ambiental –, no foco da atuação sustentável.
O índice é resultado do trabalho realizado pela linha de competência global em papel e celulose para apoiar os clientes de todo o mundo na questão da sustentabilidade. No momento em que se tornou fundamental manter o negócio com mais rentabilidade e produtividade, gerir os recursos naturais com eficiência e, principalmente, obter novos produtos e recursos no foco da sustentabilidade – como a geração e o uso da biomassa como fonte de energia –, torna-se um importante diferencial competitivo avaliar e medir as ações que envolvem a sustentabilidade.
Para avaliar cada uma dessas etapas, a Pöyry desenvolveu o Green Mill Index, que considera uma série de indicadores sob os aspectos Ambiental, como a geração e destinação de resíduos, a cadeia de suprimentos e a utilização de recursos hídricos; o Econômico, que envolve, entre outros, redução do consumo de materiais, otimização de custos, aumento da produtividade e melhora da performance; e o Social, que mede a responsabilidade social, o envolvimento com as comunidades, as relações culturais e a atuação na área de saúde e segurança.
“Há muitas formas de definir a sustentabilidade, pois ela é uma combinação de vários elementos. E para cada país, a fórmula pode ser diferente. Em alguns o impacto é mais social, em outros, ambiental. Toda essa combinação pode variar por setor, por país e por projeto”, observou Martin Kuzaj, vice-presidente executivo de negócios globais da Pöyry.
O Green Mill Index inclui vários indicadores que devem ser considerados do ponto de vista da matéria-prima, das emissões de água e de gases, entre outros aspectos relevantes para o meio ambiente. “A pegada de carbono é um indicador, mas há diversos outros aspectos que o índice contempla, como a destinação dos resíduos sólidos, a eficiência no uso da energia e da água”, explicou Nicholas Oksanen, presidente da área de negócios de celulose e papel da Pöyry na Europa.
Para criar um índice de sustentabilidade eficiente na avaliação das diversas áreas, a Pöyry desenvolveu um banco de dados de informações técnicas que são utilizadas para fins de benchmarking, levando em conta aspectos diferentes como emissões, localização da planta, entre outros.
“Nosso banco de dados técnicos permitiu desenvolver uma curva de referência de todas as fábricas com as quais trabalhamos. Além disso, temos uma curva mostrando as melhores tecnologias disponíveis no mundo”, acrescentou Oksanen, ao esclarecer que a metodologia do índice prevê a classificação dos dados em diversos indicadores, em notas de 1 a 10, que são multiplicadas e classificadas por categoria.
A aplicação deste índice de sustentabilidade nas empresas já contabiliza resultados positivos no mercado internacional. Em uma empresa do setor de celulose e papel instalada na Europa, a Pöyry alcançou uma economia de água de 10% no prazo de um ano, utilizando os critérios de eficiência no uso deste recurso, e este ganho se multiplicou, pois, ao economizar água, foi possível poupar a energia necessária para o aquecimento desta, e reduzir o consumo de produtos químicos, bem como de polpa.
Os benefícios também são expressivos do lado social. “É importante cuidar das pessoas além daquelas que estão trabalhando na fábrica, incluindo os fornecedores. E o índice social identifica os aspectos sociais diferentes, incluindo recursos humanos, treinamento e desenvolvimento, direitos humanos, gestão da cadeia de suprimentos, envolvimento da comunidade, gestão de stakeholders e a responsabilidade social”, ressaltou o executivo da Pöyry, ao explicar que todos esses indicadores incluem subindicadores.
De acordo com os indicadores, a Pöyry cria um plano de ação, com um check-list a ser avaliado. Por exemplo, em um caso especifico foi necessário avaliar a cadeia de suprimentos, para auditar os fornecedores regularmente, a fim de evitar problemas nas práticas de sustentabilidade. “Propusemos que a fábrica fizesse essa auditoria antes, de acordo com um check-list, não só na fábrica, mas incluindo os fornecedores, para verificar como estavam trabalhando e quais os padrões empregados”, acrescentou Oksanen.
Estas ferramentas podem ser utilizadas para suportar a estratégia de sustentabilidade, com grande eficiência. A Pöyry já desenvolveu projetos dos índices em países da Europa, América Latina e Ásia.
“Qualquer sistema que utilizar, deve ter um benchmarking global, porque hoje é necessário competir com a Ásia, não basta olhar apenas o que o Brasil está fazendo. E ainda tem os investidores globais, que vão observar isso a partir das melhores práticas globais”, complementou Oksanen.
No Brasil, a nova ferramenta de medição da sustentabilidade já está disponível para implantação em empresas dos diversos setores de atividades, destacadamente aquelas que contam com uma extensa cadeia produtiva, na qual o controle dos processos de sustentabilidade é mais complexo.
 
GPCOM Comunicação Corporativa