Leilão de Libra estimula fornecedores de bens e serviços

25/10/2013 - Leilão de Libra estimula fornecedores de bens e serviços
 
Capacidade da indústria local de responder às demandas por bens e serviços depende da continuidade de investimentos no setor de óleo e gás, avalia o presidente da ABEMI, Antonio Müller. O empresário alerta para a necessidade de retomada dos projetos de refinarias e também sugere a redução da carga tributária para aumentar a competitividade das empresas nacionais.
A indústria brasileira de bens e serviços para o setor de óleo e gás já trabalha com a perspectiva de ampliação de encomendas nos próximos anos. A expectativa é grande no setor, embora nesta fase - logo após a assinatura dos contratos - os investimentos devam se concentrar em pesquisa e prospecção.
Na avaliação de Antonio Müller, presidente da ABEMI - Associação Brasileira de Engenharia Industrial, a realização do leilão por si só foi positiva, pois abre caminho para um novo ciclo de oportunidades para as empresas fornecedoras, especialmente na fase de produção. Nesse sentido, ressalta Müller, será fundamental que os índices de conteúdo local estabelecidos para o leilão sejam respeitados e fiscalizados. Pelas regras, o percentual mínimo de conteúdo nacional na fase exploratória é de 37%; na de desenvolvimento o índice é de 55% na primeira etapa e de 59% na segunda.
Outra preocupação do dirigente da ABEMI é a possibilidade da não realização de novos leilões de blocos exploratórios em 2014, possibilidade sinalizada recentemente pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
"É importante que se dê continuidade aos investimentos em petróleo e gás, de forma a induzir o aumento da capacidade técnica e de produção das empresas fornecedoras, até mesmo para o atendimento das encomendas que virão", afirma Müller.
 
Refinarias
Ele considera estratégicos, por exemplo, os projetos das refinarias Premium I e Premium II, atualmente em avaliação pela Petrobras. Os empreendimentos são relevantes, acredita, tanto do ponto de vista do incremento dos negócios da cadeia produtiva, como - e principalmente - para que o Brasil passe a contar com um parque de refino equivalente à demanda interna atual e futura de derivados de petróleo.
A competitividade dos fornecedores locais também é questão importante nesse cenário. Um dos pontos-chave é garantir que a indústria nacional tenha condições equivalentes de competição com as empresas estrangeiras. Segundo Müller, a redução do Custo Brasil, por meio da diminuição da carga tributária, dos encargos sobre a folha de salários e de investimentos destinados a superar os gargalos da deficiente infraestrutura brasileira, é condição essencial para melhorar a eficiência da indústria nacional.
 
SOBRE A ABEMI - Fundada em 1964, a ABEMI - Associação Brasileira de Engenharia Industrial é uma entidade sem fins lucrativos, que congrega as empresas que projetam e constroem a indústria brasileira. Suas associadas atuam nas áreas de engenharia, construção, montagem, fabricação e manutenção industrial. Atualmente, conta com 140 associadas que, juntas, empregam 447 mil profissionais e somam US$ 37,85 bilhões em receita operacional bruta.
 
Mandarim Comunicação

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