Gás mais barato, consumo dobrado

27/11/2013 - Gás mais barato, consumo dobrado
 
Se preço for reduzido, consumo de apenas dez unidades industriais pode atingir 20,6 milhões de metros cúbicos por dia
 
O gás natural em condições mais competitivas pode se traduzir em desenvolvimento industrial e crescimento econômico. Pesquisa da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) com dez das maiores consumidoras de gás do País mostra que, se o preço fosse reduzido para a faixa de US$ 7 por milhão de BTU, essas unidades teriam condições de expandir sua produção de maneira significativa, dobrando o consumo de gás: o consumo apenas dessas fábricas passaria dos 10 milhões de metros cúbicos por dia registrados no ano passado para 20,6 milhões em 2022. Hoje a grande indústria brasileira paga, em média, US$ 14 por milhão de BTU (preços sem impostos).
A expectativa da indústria é que a 12ª Rodada de Licitações contribua de maneira importante para esse cenário de crescimento da oferta, redução de custos e ampliação do consumo. A licitação, que a ANP promove nos dias 28 e 29 de novembro, é importante pelos seguintes motivos:
· é a oportunidade de o Brasil produzir o tão desejado choque de oferta de gás;
· é a oportunidade de diversificar os produtores de gás natural no país, promovendo a competição e consequentemente a redução de preços ao consumidor;
· essa licitação abre espaço para desenvolvimento de áreas de produção de gás em terra, diversificando os locais de produção de gás no País e promovendo a interiorização do gás no Brasil;
· poderá destravar no médio e longo prazo a demanda reprimida, tanto pra o consumo industrial como para a geração elétrica; e
· irá acelerar o desenvolvimento da indústria de bem e serviços dessa atividade.
 
Outros efeitos do gás natural competitivo para a sociedade e a economia brasileiras
Estudos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) desenvolvidos para o Projeto +Gás Brasil indicam que, se o gás natural for destinado à indústria nacional a custos de US$ 7 por milhão de BTU, será possível observar os seguintes efeitos:
- os investimentos agregados na economia brasileira aumentarão em 7,8%, passando a 19,5% do PIB, ou R$ 632,7 bilhões. Até 2025, o efeito seria ainda mais significativo, atingindo 22,3% ou um investimento da ordem de R$ 723,7 bilhões;
- expansão de 0,46 ponto percentual na geração média de empregos;
- aumento de 0,5 no ritmo de crescimento econômico do País até 2025; e
- queda de 0,44 ponto na taxa de inflação.
 
Térmicas na “boca do poço” reduzem potencial de desenvolvimento
A indústria vê com muita preocupação a perspectiva de que a expansão da produção de gás natural do País prevista para os próximos anos seja destinada prioritariamente à geração de energia elétrica em locais próximos aos poços de produção. Declarações nesse sentido foram atribuídas recentemente pela imprensa ao secretário de Desenvolvimento Econômico e Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, em relação às possíveis descobertas nos blocos em terra com potencial de produção de gás na 12ª Rodada de Licitações.
O Projeto +Gás Brasil não descarta, no entanto, a possibilidade de uso do gás para geração de eletricidade. Na avaliação do grupo, é preciso planejar cuidadosamente o destino a ser dado ao gás, de modo que o crescimento da produção viabilize o desenvolvimento do mercado. Nesse sentido, tanto as térmicas como um pool de indústrias podem ser âncoras de consumo importantes e viabilizarem o desenvolvimento de redes que possibilitem a expansão desse mercado.
 
Sobre o Projeto +Gás Brasil (www.maisgasbrasil.com.br): O +Gás Brasil nasceu da necessidade observada pela indústria brasileira de propor uma discussão séria e consistente sobre o futuro do gás natural na matriz energética nacional. O projeto desenvolveu diversos estudos com renomados consultores nacionais e internacionais para fazer um diagnóstico do mercado e apontar oportunidades para tornar o energético uma vantagem competitiva brasileira: a missão do +Gás Brasil é transformar o gás natural em um fator de desenvolvimento do Brasil. Liderado pela Abrace (grandes consumidores industriais de energia), o projeto reúne um total de sete associações industriais e diversas empresas.
 
SP4 Comunicação Corporativa

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