Transformados plásticos: Desoneração da folha de pagamentos perde efeito diante de medidas que impactaram o preço da matéria-prima

05/02/2014 - Transformados plásticos: Desoneração da folha de pagamentos perde efeito diante de medidas que impactaram o preço da matéria-prima
 
Medida trouxe redução de 0,5% no custo da mão de obra, enquanto inclusão do polietileno na Lista de Exceção da Tarifa Externa Comum (LETEC) elevou os preços da matéria prima ao produtor em 3%
 
Com a desoneração da folha de pagamentos, que substituiu a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamentos para 1% sobre o faturamento, o setor de transformados plásticos aumentou em 27% a geração de vagas de 2012 para 2013.
Levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) aponta que de janeiro a dezembro de 2012 foram geradas 3.850 vagas, já em 2013 este número chegou a 4.888. Dentro os setores que tiveram a folha desonerada ainda em 2012, o transformado plástico foi o quarto maior gerador de vagas no ano passado, ficando atrás apenas de materiais elétricos (14.566 vagas geradas), confecção e vestuário (5.786) e têxtil (4.948), de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No final do ano passado, o setor de transformados plásticos registrou 352.704 empregados formais, contra 347.816 em 2012.
O presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, destaca a importância da decisão anunciada pelo governo de manter a desoneração da folha para os setores contemplados. Entretanto, aponta que outras questões prejudicaram os efeitos da medida, principalmente as relacionadas ao preço da matéria-prima, que representa 50% dos custos produtivos do setor. Ele cita como exemplo a inclusão do polietileno na Lista de Exceção da Tarifa Externa Comum (LETEC) em outubro de 2012, que vigorou por um ano.
“Neste período, os possíveis ganhos ou redução no custo do transformador de plástico decorrente da desoneração da folha foram absorvidos pelo aumento do preço de uma das principais matérias-primas utilizadas pelo setor”, aponta. O polietileno, que representa 39% do total de resinas termoplásticas consumidas, teve sua alíquota de importação majorada em 6 pontos percentuais, passando de 14% para 20%.
Desta forma, a desoneração da folha de pagamentos do setor de transformados plásticos, que havia significado uma redução de 0,5% no custo da mão de obra do empregador, foi totalmente absorvida pelo aumento de cerca de 3% no custo do produtor com a sua matéria-prima.
“Para que os efeitos positivos relacionados à medida de desoneração da folha sejam majorados, entendemos que ela deve tornar-se perene, para que o empresário tenha certeza de que pode alterar sua estratégia de contratação”, afirma Roriz.
 
Assessoria de Imprensa: Ricardo Viveiros – Oficina de Comunicação.

Banner
Banner
Banner

Site Login