Após 4 anos de investimentos, IPT ‘colhe frutos’ com faturamento recorde e chega à marca de R$ 100 milhões em 2013

17/03/2014 - Após 4 anos de investimentos, IPT ‘colhe frutos’ com faturamento recorde e chega à marca de R$ 100 milhões em 2013
 
Instituto recebeu R$ 140 mi para infraestrutura e capacitação entre 2008 e 2012 e agora tem faturamento jamais alcançado em 115 anos
 
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) é um dos mais antigos órgãos de pesquisa do Brasil. Completa em 2014 115 anos de atuação nas mais diversas áreas de tecnologia. Entre 2008 e 2012 recebeu do governo do Estado, ao qual está vinculado, um aporte de investimentos de R$ 140 milhões, destinados a melhorias de infraestrutura e capacitação profissional, buscando até mesmo áreas que o Instituto até então não atuava. O investimento em inovação já dá resultado: em 2013 o IPT teve o seu maior faturamento, chegando à marca de R$ 100,4 milhões, valor 23% maior que em 2012.
O investimento de R$ 140 milhões serviu, por exemplo, para construção do primeiro laboratório de bionanomanofatura do hemisfério sul. Foram R$ 46 milhões para um prédio de 8.000 m² preparado para receber estudos nos campos de biotecnologia, nanotecnologia, microtecnologia e metrologia de ultraprecisão, áreas ligadas à pesquisa e produção de materiais em dimensões centenas ou milhares de vezes menores que a espessura de um fio de cabelo. Somente a estrutura física do edifício recebeu R$ 21 milhões. Os outros R$ 25 milhões foram investidos em estruturação e equipamentos.
Inaugurado em 2012, um ano depois já rendeu ao IPT 11 convênios com a iniciativa privada, gerando contratos de R$ 25,2 milhões. “A bionanotecnologia é uma área insipiente no Brasil, que pode ser explorada em larga escala. O IPT averiguou uma possibilidade de entrar fortemente no setor e hoje já colhe frutos”, afirma o diretor-presidente do Instituto, Fernando Landgraf. Entre as empresas que fecharam parcerias com o IPT estão Natura, IHARA, Elekeiroz, TheraSkin, InterCement, Ibramed, Angelus, Yamá, O Boticário, Mahle e Itehpec.
O investimento teve influência direta da Embrapii, (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), em uma ação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Foram escolhidas três instituições de pesquisa do País para desenvolver projetos com a participação da iniciativa privada, uma delas o IPT.
Concomitantemente ao aporte de investimentos, o crescimento no faturamento do IPT já acontece desde 2009, quando obteve R$ 74,7 milhões (patamar que era mantido ano a ano). Em 2012 chegou a R$ 81,3 milhões. E em 2013 deu o salto de 23% para os R$ 100,4 milhões.
A maior parte dos recursos foi proveniente do setor privado, chegando a R$ 52,7 milhões. O setor público respondeu por R$ 39,8 milhões, enquanto empresas de economia mista foram responsáveis por R$ 7,2 milhões. Quando separa-se o faturamento de acordo com a área de atuação dos clientes, verifica-se que o IPT teve R$ 63,9 milhões oriundos do setor de serviços e R$ 27,1 milhões da indústria (comércio, construção e agropecuária, por exemplo, perfazem o restante).
“O IPT sabe que faturamento é essencial, mas que também é preciso induzir novas tecnologias, ajudar no desenvolvimento de inovação. Isso, no fim das contas, gera também dinheiro. Em 2013 foram produzidas 269 publicações científicas e técnicas, geradas 11 patentes e registrados 211 novos procedimentos. O IPT incentivou pesquisadores e grupos interessados em desenvolver novas ideias. Quem teve melhor desempenho foi premiado. E, quando foi preciso, viagens internacionais a trabalho foram disponibilizadas para pesquisadores. Mais: o programa Novos Talentos ofereceu bolsas de estudo, trazendo ao Instituto cabeças da nova geração de pesquisadores”, finaliza Landgraf.
 
Patentes
No ano de 2013 o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) obteve mais conquistas importantes. A começar pelos 11 depósitos de patentes registrados junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Foi um aumento significativo em comparação aos oito registros obtidos em 2012. Além disso, a receita operacional alcançou aumento expressivo. Também decolaram o percentual da receita com inovação e o número de artigos técnicos publicados.
Para manter-se em rota ascendente, o IPT busca patentes de desenvolvimento tecnológico no estado da arte mundial tanto nos projetos com parceiros industriais quanto nos projetos internos de capacitação. “Um dos objetivos do IPT é aumentar suas receitas com transferência de tecnologias e licenciamento de patentes e, para isso, deve focar em duas frentes. Uma delas contempla o fortalecimento de suas parceiras com o setor produtivo; outra, o desenvolvimento de projetos internos com potencial de exploração comercial por parte de empresas”, diz Yuri Basile Tukoff Guimarães, da Coordenadoria de Planejamento de Negócios do Instituto.
 
Atelier de Imagem e Comunicação

Banner
Banner
Banner

Site Login