Engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo fazem nova mobilização

29/05/2014 - Engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo fazem nova mobilização
 
Centenas de engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo, em greve desde a terça-feira (27/5),  promovem nesta quinta-feira (29), uma ação semelhante a que ocorreu na quarta, no histórico Edifício Martinelli, que abriga algumas das secretarias municipais.  Desta vez, os trabalhadores entrarão no prédio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), no Centro da capital paulista para convencer os colegas que ainda não aderiram à paralisação.
A ocupação simbólica de quarta foi um sucesso. A ação começou às 14h30 e durou cerca de duas horas.  Partindo do terraço, no 26º andar, com apitos, palavras de ordem que pediam para que os colegas parassem de trabalhar e muito bom humor, o grupo entrou nas diversas salas do prédio, ocupando os andares até o 17º, onde há departamentos de engenheiros e arquitetos. A movimentação foi retomada seis andares abaixo onde mais trabalhadores da categoria foram surpreendidos com a ação e muitos deles aderiram à greve após serem orientados e esclarecidos.
 
Histórico
A categoria decidiu pela paralisação, na terça-feira (27/5), após diversas tentativas de negociação com o Executivo durante campanha salarial 2014. Os trabalhadores reivindicam alteração da Lei Salarial (13.303/02), que permite ao executivo municipal conceder reajuste de apenas 0,01%. A legislação, no entanto, está em discordância com o artigo 92 da Lei Orgânica do Município, que assegura proteção da remuneração contra os efeitos inflacionários, inclusive com a correção monetária dos pagamentos em atraso.
Desde maio de 2007, os servidores do município, incluindo os engenheiros, acumulam perdas inflacionárias de 49,46%, segundo o INPC/IBGE. Além da reposição, reivindica-se o pagamento do piso da categoria de acordo com o estabelecido na Lei 4.950-A/66, de 8,5 salários mínimos, o que daria R$ 6.154,00. O respeito ao salário mínimo profissional  do engenheiro foi medida anunciada como promessa de campanha pela atual administração.  Os servidores também pedem a fixação de 1º de maio como data-base.  No entanto, atualmente, o salário inicial do engenheiro na Administração Municipal paulista é de R$ 2.481,93.
Em resposta à mobilização dos trabalhadores, a Prefeitura propôs remuneração a partir de subsídios que desconsideram as especificidades das diferentes atribuições e transforma todos os profissionais em analistas, com reajuste de 30% para engenheiros e arquitetos, somente a partir de 2017 e apenas àqueles em início de carreira.
 
Sobre a Federação Nacional dos Engenheiros - Fundada em 25 de fevereiro de 1964, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) tem sede em Brasília e, hoje, é composta por 18 sindicatos estaduais, aos quais estão ligados cerca de 500 mil profissionais. A entidade foi constituída com o objetivo de representar nacionalmente a categoria, atuando na coordenação, na defesa e na representação dos profissionais, por intermédio de seus sindicatos.
Atua intensamente na congregação de seus representados e luta pelos direitos dos profissionais, por melhores condições de vida e trabalho e pelo fortalecimento da democracia e suas instituições.
Bandeira fundamental da entidade é também a luta pelo desenvolvimento do País com inclusão social. Tal objetivo está presente no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em setembro de 2006, em São Paulo, durante o VI Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), e atualizado por ocasião do VII Conse, em 2009.

In Press Oficina

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